Os dados divulgados pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) nesta quinta-feira – menor nível de emprego na indústria paulista desde o início do primeiro governo de Lula em 2003 – reforçam a ansiedade dos empresários da região por melhoras na economia.
O diretor da regional da entidade, Mauro Miaguti, de São Bernardo, espera que o pacote venha contemplar todos os setores e não apenas alguns escolhidos. “Outro ponto importante é a desoneração de investimentos. Esse é um tema que Guido Mantega (ministro da Fazenda) sempre brigou, de não gerar imposto sobre bens e equipamentos para produção e que vão trazer mais empregos e renda”, afirma.
Miaguti acredita ainda que a redução de impostos nos investimentos privados dará fôlego novo às empresas, assim como maiores prazos para o recolhimento de tributos. No entanto, ele não acredita que mudanças na política cambial estejam no texto final do PAC.
O presidente da Acisbec (Associação Comercial e Industrial de São Bernardo) Valter Moura, se diz um otimista realista com o novo programa. “No Brasil, de uns 20 anos para cá, quando se fala em pacote e medidas, tem ficado no papel. Espero que estejam no PAC três itens: redução da carga tributária, diminuição da taxa de juros, ambos gargalos da economia, e desburocratização”, comenta. “Em 2003, nosso presidente falou do espetáculo do crescimento e isso não aconteceu. Nem espetáculo nem crescimento”, completa.
Para Antonio José Monte, vice-presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André) e presidente da Coop (Cooperativa de Consumo), o pacote privilegiará investimentos em infra-estrutura. “Parece que no PAC está previsto 0,5% do PIB para isso, que são R$ 11 bilhões. Vejo com bons olhos, desde que o governo não nos engane, e o crescimento no setor privado virá por conseqüência do investimento do setor público”, diz.
Já a diretora do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa) da região do Grande ABC, Josephina Cardelli, anseia por um ano melhor com os incentivos do pacote.
“O ano de 2006 foi difícil para as micro e pequenas empresas em relação a 2005. Esperamos que esse pacote seja um ponto de alavancagem para nosso setor em 2007, que é um dos maiores geradores de empregos na região”, explica.
Josephina reforça que medidas para exportação e facilidades de acesso à créditos são caminhos que ajudariam o setor. “Isso contribuiriamuito para a competitividade”. aposta.
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