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Subvençoes agrícolas voltam aos níveis dos anos 80
Por Do Diário do Grande ABC
08/06/2000 | 12:02
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As subvençoes para o setor agrícola nos países da Organizaçao de Cooperaçao e Desenvolvimento Econômico (OCDE), depois de terem sido reduzidas regularmente, recuperaram aos mesmos níveis dos anos 80, segundo o décimo terceiro estudo anual da OCDE sobre o tema, publicado nesta quinta-feira.

O estudo, detalhado em Bruxelas durante uma coletiva de imprensa, baseia-se nas cifras provisórias de 1999 e demonstra que 40% do volume de negócios de produtores é constituído por subvençoes públicas.

Essas ajudas totalizaram no ano passado US$ 361 bilhoes, ou seja, US$ 327 por habitante e ano, nos 29 países da OCDE.

Na Uniao Européia, a cifra representou 49% do volume de negócios das exportaçoes, enquanto que, nos Estados Unidos, foi de 24%, enfatizou Wilfrid Legg, da direçao de agricultura da OCDE.

Essa cifra nao reflete, no entanto, o conjunto de subvençoes à agricultura, já que nao leva em conta, em particular nos Estados Unidos, as ajudas à exportaçao, estimam, por sua parte, especialistas europeus.

Do total de subvençoes, 25% acabam nos bolsos dos produtores. A maior parte é capitalizada em valores ativos como a terra ou transferida de um extremo a outro da cadeia alimentar (industriais, transformadores ou distribuidores).

As subvençoes estao relacionadas com o volume das produçoes e sao as exportaçoes que mais se aproveitam delas, enfatiza a OCDE.

Para Wilfrid Legg, nao é o nível em si das ajudas que deve ser avaliado e sim sua divisao. ``Nao se trata de reduzir as ajudas e sim de melhorar suas destinaçoes', declarou Legg.

``A evoluçao das subvençoes públicas à agricultura confirma a fragilidade das políticas de reforma', assinalou Legg, enfatizando que, quando os preços mundiais tiveram forte baixa, as subvençoes tomaram o caminho inverso, aumentando assim a diferença entre preços mundiais e preços nacionais.

Sobre a evoluçao dos preços mundiais dos produtos agrícolas, a OCDE é ``otimista sobre uma recuperaçao dos preços depois de cinco anos de depressao', assinalou Loek Boonekamp, do serviço de análise da Organizaçao com sede, em Paris.




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