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Prefeitos defendem volta do auxílio emergencial

Chefes de Executivo da região classificam abono como vital; 687 mil receberam R$ 1,7 bi

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
14/02/2021 | 00:36
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Fotos Públicas


Os prefeitos do Grande ABC defenderam o retorno do pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia de Covid-19. Em cenário de incertezas econômicas, que impactam nas contas públicas, os chefes de Executivo avaliam como fundamental o regresso do benefício, que, entre abril e dezembro, foi para o bolso de 687 mil moradores da região, resultando na circulação de R$ 1,7 bilhão.

Na sexta-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, considerou a volta do auxílio, mas com recurso inferior e vinculado a contrapartidas do Congresso Nacional. A União estuda oferecer quatro parcelas de R$ 250, desde que sejam aprovadas PECs (Propostas de Emenda à Constituição) que permitem redução da folha salarial e aumento de despesas públicas – possibilitando furar o teto de gastos – durante períodos de calamidade.

O auxílio emergencial, inicialmente de R$ 600, foi transferido a cidadãos que tiveram a renda fortemente impactada pela pandemia, que forçou o isolamento físico e o fechamento de estabelecimentos para evitar a disseminação do novo coronavírus. Quando chegou ao fim, em dezembro, a parcela estava em R$ 300.

“Considero fundamental que o auxílio emergencial seja mantido, a fim de garantir as condições mínimas para que a população brasileira atravesse o período de pandemia, especialmente, neste momento em que o País atinge um dos maiores índices de desemprego”, disse o prefeito Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo. O tucano cita ações municipais para tentar mitigar a vulnerabilidade local, como manutenção do cartão merenda, que paga quantia a alunos matriculados na rede municipal, e doação de cestas básicas. Em São Bernardo, 201,7 mil pessoas receberam R$ 499,1 milhões do auxílio emergencial no ano passado.

Em Diadema, onde 122,2 mil cidadãos obtiveram R$ 317,8 milhões do benefício, o prefeito José de Filippi Júnior (PT) lembrou que esse volume representa mais da metade da população economicamente ativa da cidade. “A suspensão dele em um momento em que a pandemia demonstra ainda bastante força pode trazer consequências sociais e econômicas graves para a cidade”, comentou o petista. Filippi discorreu que busca, junto a deputados federais e via Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, formas de pressionar pelo retorno do abono.

“Considero o auxílio muito importante para garantir o mínimo de dignidade para as pessoas, sobretudo os menos favorecidos. Além disso, o auxílio contribui para a não estagnação da economia local”, avaliou o prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PL). Na cidade, 29,3 mil pessoas receberam R$ 72,1 milhões.

O prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), chegou a pedir a continuidade do auxílio emergencial em seu discurso de posse – no município, 115 mil pessoas viram cair na conta R$ 274,2 milhões. O petista considera vital o pagamento diante da crise financeira enfrentada pela Prefeitura.

Em São Caetano, o governo do prefeito Tite Campanella (Cidadania) listou “rede de proteção social robusta” para atender a população, em especial o programa Profamília, “que concentra uma série de ações de transferência de renda e outros benefícios para mais de 40 mil munícipes”. No município, 28,6 mil pessoas receberam R$ 63,4 milhões.

O governo federal ainda pagou R$ 436,5 milhões a 176 mil moradores de Santo André e R$ 36,8 milhões a 14 mil cidadãos de Rio Grande da Serra.  




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