Tomate, batata e feijão foram os itens de maior destaque de preços em alta da cesta básica em São Paulo em março, na comparação com fevereiro. Na cidade mais cara para se alimentar no País, o aumento do custo dos itens de primeira necessidade foi de 2,45%.

Em março, os 13 alimentos básicos da cesta formatada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) custaram R$ 267,58 ao consumidor. No primeiro trimestre, os preços acumulam alta de 0,92%.

Devido à intensidade das chuvas, os custos para a colheita do tomate e o seu transporte encareceram seu preço em 19,25%. Pesou também no bolso do consumidor o custo da batata, que teve alta de 9,55%. O feijão, embora esteja em período de safra, teve aumento de 5,92%.

As demais altas ocorreram na manteiga (3,22%), óleo de soja (2,17%), banana (0,86%), leite (0,41%) e café (0,31%). Reduções de preços foram constatadas apenas para o açúcar (-3,98%), carne (-1,84%), farinha de trigo (-1,55%) e arroz (-0,52%). O pão francês permaneceu com preço estável.

JORNADA

Os paulistanos que recebem um salário-mínimo de remuneração precisaram comprometer 108 horas e um minuto da jornada para comprar os itens da cesta de alimentos no mês passado. Esse indicador foi maior que o de fevereiro, quando foram necessárias 106 horas e 24 minutos. Entretanto, na comparação com março de 2010, houve redução frente às 109 horas e 27 minutos.

Considerando o valor líquido do pagamento, após os descontos da Previdência Social, no mês passado, os alimentos básicos representaram 53,37% dos rendimentos, sendo que essa relação era de 52,57% em fevereiro e de 54,08% em março do ano passado.

Os preços dos itens essenciais pesquisados pelo Dieese tiveram alta em 14 das 17 capitais brasileiras. Houve queda apenas em Recife (-0,77%), Manaus (-0,54%) e Brasília (-0,05%).