Setecidades Titulo Estudo com insetos
Professora de São Bernardo é finalista em prêmio de arte

Projeto de docente está entre os 20 melhores do País; vencedor será conhecido em novembro

Por Aline Melo
Do Diário do Grande ABC
25/09/2020 | 00:01
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A professora da Emeb (Escola Municipal de Educação Básica) Anísio Teixeira, de São Bernardo, Juliana Ribeiro Maranho, 41 anos, é uma das 20 finalistas da 21ª edição do Prêmio Arte na Escola Cidadã. A premiação é realizada pelo Instituto Arte na Escola e tem como objetivo ampliar a voz dos professores que trabalham com a disciplina, valorizando projetos que despertam novos olhares e inspiram alunos e a comunidade escolar. Foram mais de 1.400 trabalhos inscritos, de instituições de ensino públicas e privadas de todo o País.

Juliana é professora de educação infantil há 25 anos. Pedagoga, pós-graduada em educação infantil e educação especial, tem diversas formações na área de artes e está na rede municipal de São Bernardo há 15 anos. É a segunda vez que é finalista na premiação. Os cinco melhores trabalhos (um em cada categoria de nível educacional, da educação infantil à educação de jovens e adultos) serão registrados em um documentário e cada docente receberá R$ 10 mil, além de a escola ganhar um computador e uma câmera digital.

A iniciativa que está concorrendo é um projeto desenvolvido com crianças de 3 anos, que integrou conhecimentos sobre artes e ciências, quando os alunos estudaram insetos e o trabalho do artista francês Bernard Durin. “Fizemos diversas experiências. Eles tiveram acesso a um insetário, usamos figuras e livros. Eles estavam totalmente apaixonados pelos insetos, entendendo a importância do ecossistema. E, paralelo a isso, a gente vinha trabalhando com elementos da natureza, como gravetos, folhas e o projeto veio caminhando, até que apresentei para eles o trabalho do aquarelista francês”, relatou.

Do processo, que foi pautado pelo interesse dos alunos, como prevê a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), Juliana destacou o fato de os estudantes produzirem suas próprias interpretações e obras de arte. “As crianças são produtoras de arte o tempo inteiro e é preciso valorizar isso. A arte é a leitura do mundo”, disse.

Coordenadora geral do Instituto Arte na Escola, Roseli Alves destacou que o principal objetivo do prêmio é reconhecer o trabalho do professor de arte, especialmente em um momento em que a arte no País, sempre marginalizada, vive série de ataques e desvalorização. “A arte é uma área de conhecimento importante, a gente tem que valorizar. Não é só entretenimento. Na pandemia está salvando a vida de muitas pessoas”, afirmou.

Roseli apontou, ainda, que ao enviar os trabalhos, os professores também fazem grande e importante troca de experiências, um aprendendo com o outro. “É uma forma de socializarmos boas práticas. Esse conteúdo vai ser disseminado, vai integrar nossas formações e isso vai se expandindo”, completou.

O resultado da premiação, que este ano será on-line em decorrência da pandemia de Covid-19, será divulgado em 25 de novembro. Os projetos vencedores serão  registrados em documentários em vídeo pelo Instituto Arte na Escola. O material será divulgado posteriormente no site do prêmio, com livre acesso – especialmente para educadores que queiram se inspirar nos trabalhos premiados –, e usado pelo Instituto Arte na Escola como material em iniciativas de formação docente. 

Todos os inscritos – premiados ou não – ganham do instituto material educativo impresso e um percurso formativo on-line, inspirados na obra de Siron Franco, o artista homenageado da edição de 2020. 




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