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Brizola apóia PT na Internacional Socialista
Por Do Diário do Grande ABC
08/11/1999 | 08:15
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O presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, afirmou nesta segunda-feira, em Paris que tem procurado facilitar a integraçao do PT na Internacional Socialista (IS), organizaçao que reúne os principais partidos sociais-democratas europeus e dirigentes socialistas de todo o mundo, da qual ele é vice-presidente. Brizola disse que o partido já tem participado das reunioes como observador e nao tem restriçoes a sua integraçao como membro efetivo. Observou, porém, que esse é um problema de sua direçao.

Sua posiçao em relaçao ao PSDB, entretanto, é diferente. Brizola lembrou que o presidente da IS, Pierre Mauroy, já respondeu recentemente a essa questao, quando afirmou que o comportamento do partido nao era o mais apropriado para integrar a IS como membro efetivo, pois fugia à lógica da Internacional.

Assim, Brizola acredita que Mauroy encerrou o debate. Para o pedetista, o presidente Fernando Henrique Cardoso, que tem antecedentes progressistas, desde que assumiu o poder evoluiu para uma aliança com as forças mais conservadoras do país. "Hoje o PSDB tem a cara da nova direita do Brasil", disse.

Garotinho - Brizola disse que voltou a ter de "cuidar de um garotinho, carregando-o no colo com suas manhas, artes e peraltices". O pedetista criou essa imagem para dizer que tem viajado muito pelo Brasil, mas nao pode descuidar do Rio por causa desse "garotinho", referindo-se ao governador do Rio, Anthony Garotinho (PDT).

Ele definiu suas relaçoes com Garotinho como se ambos tivessem decidido "um cessar-fogo temporário". Para ele, as coisas estao melhorando nos últimos dias. Afirmou esperar que o governador leve em consideraçao a necessidade de manter um bom equilibro entre o que representa o governo e o partido.

"Garotinho pretendeu por o partido debaixo do braço, nao soube distinguir entre o governo e o partido", disse Brizola, que reconheceu também ter cometido esse erro quando foi governador pela primeira vez no Rio.

Conseqüências - Brizola lamentou que o PT do Rio é que tenha sofrido as conseqüências com a crise na aliança fluminense mas acredita que tudo vai normalizar-se. Indagado se por trás de tudo isso nao estaria a sucessao presidencial, disse ser muito cedo para tratar da questao. Segundo ele, antes de mais nada é preciso que o governador faça um bom governo para credenciar-se.

Ele afirmou que, quando governador, deu muito poder ao entao prefeito de Campos Antony Garotinho, mas ponderou que no plano estadual e federal as coisas mudam de figura. Nos países verdadeiramente democráticos, segundo Brizola, é preciso que haja um maior equilíbrio entre o poder dos governadores ou dos presidentes e o dos partidos que eles representam.




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