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Rúgbi sobre cadeira de rodas: esporte também é superação
Por Bianca Daga
Especial para o Diário
29/05/2010 | 07:00
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"A visão que as pessoas têm de um tetraplégico é que se encostar neles, eles vão quebrar, e o rúgbi serve para provarmos o contrário. É um esporte que nos ajuda a mostrar que temos força e velocidade, e também que sabemos nos virar sozinhos."

Essa é a explicação do presidente e jogador do Tigres QuadRúgbi, Alan Mazzoleni, sobre o que o esporte adaptado significa em sua vida.

Os oito tigres que formam o grupo são o único time de rúgbi em cadeira de rodas da região e da Grande São Paulo, em um total de dez no Brasil.

A equipe, organizada por Alan e pelo companheiro Rafael Yamana, existe apenas desde o ano passado e já é vitoriosa: na última semana, foi vice-campeã no Brasileiro de Rúgbi em Cadeira de Rodas em Brasília. Na volta para São Paulo, quatro atletas do time foram pré-convocados para a Seleção Brasileira, que disputará torneio na Europa em julho.

O capitão do Tigres, Helder Ribeiro do Prado Junior, representará o País pelo segundo ano consecutivo e desta vez tem objetivo especial. "Fui o melhor jogador de defesa no Brasileiro deste ano e se eu for para a Europa, quero voltar como o melhor do mundo na posição", ressaltou ele, que sempre praticou taekwondo, mas ficou tetraplégico há três anos depois de levar um tiro.

As conquistas do Tigres QuadRúgbi são frutos de muito treinamento fora das condições ideais. A equipe se encontra às segundas, quartas e sextas-feiras, das 17h às 20h, em um galpão cedido pela Prefeitura de São Bernardo.

Diferentemente do rúgbi tradicional, disputado em campo com bola de futebol americano, os atletas do Tigres jogam em quadra e com bola semelhante à de vôlei.

MEDO DE ACABAR - Apenas uma das cadeiras de rodas usadas pelo TigresQuadRúgbi é da equipe. O restante é emprestado pela Associação Brasileira de Rúgbi em Cadeira de Rodas. "A qualquer momento, eles podem deixar de emprestar e aí, o time acaba", contou Alan Mazzoleni.




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