A cúpula do PFL esteve reunida neste domingo na casa do presidente nacional do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), e decidiu apoiar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar a denúncia de que o líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA), teria comprado filiações de políticos. A CPI é defendida pelo PT.

Neste fim de semana, a revista Veja publica gravações telefônicas em que parlamentares baianos sugerem a compra de filiações pelo PMDB. A acusação provocou a reação de peemedebistas, que afirmam que o caso se trata de uma tentativa do presidente do Congresso, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) de prejudicar a candidatura do deputado Jader Barbalho (PMDB) à presidência do Senado.

Geddel afirmou que o grampo é imoral e que, com ele, ACM pretende criar constrangimentos nas vésperas das eleições no Senado e na Câmara, que acontecem na próxima quarta-feira. O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) classificou a atitude como uma “tentativa desesperada de tentar tumultuar a reta final da campanha pela sucessão no Congresso".

Os deputados citados na gravação irão entrar com uma notícia-crime na Polícia Federal, na próxima segunda-feira para encontrar os responsáveis pelo grampo. Os parlamentares também deverão pedir ao presidente da Câmara, Michel Temer, que o caso seja investigado pela Corregedoria da Câmara.

O presidente do Congresso afirmou que a denúncia é gravíssima e que ele próprio poderá pedir a investigação pela Corregedoria.