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Brasil tenta segurar a euforia

Após sete vitórias seguidas, Seleção pega o
Paraguai e pode ficar perto da vaga na Copa

Por Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
28/03/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A Seleção Brasileira chegou a estágio tão alto de evolução nas mãos de Tite que é até difícil entender o que o treinador pode conseguir melhorar na equipe. São sete vitórias em sete partidas nas Eliminatórias e a oitava pode vir hoje, às 21h45, diante do Paraguai, na Arena Corinthians, em São Paulo.

Para que os jogadores evitem entrar na zona de conforto, comum nesse tipo de situação, Tite fechou os dois últimos trabalhos da Seleção Brasileira. O treinador justificou dizendo que precisava de privacidade para “gritar” com os jogadores.

“Estou me adaptando, me reinventando na função de técnico da Seleção. Ainda é pouco tempo. Em alguns momentos oportunos (em clubes) eu fechava treinos, e entendi que esse era o momento de ter um pouquinho mais de privacidade porque posso gritar mais forte, chamar concentração maior. Ficamos felizes de dividir alegria, mas tem hora que vou dentro, não quero que o cara fique disperso”, explicou o treinador.

A enorme euforia tem explicação. Além das boas atuações, a vitória hoje leva a Seleção aos 33 pontos e praticamente carimba o passaporte para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia – o Brasil só perderia a vaga se fosse derrotado nos últimos quatro jogos e a Colômbia, quarta colocada, tivesse 100% de aproveitamento e ainda tirasse saldo 21 gol favoráveis ao Brasil.

Tite, no entanto, avisa que sabe controlar os ânimos. “Encaro com naturalidade (a euforia). Não posso deixar que os atletas fiquem felizes. Mas isso não facilita em nada nosso trabalho no enfrentamento com o Paraguai, que não vencemos há quatro jogos, que venceu a Argentina fora e que busca a classificação. Temos consciência que há um fato bom, mas com naturalidade”, disse.

O técnico vai promover apenas uma mudança na equipe e por necessidade. O lateral-direito Fagner, que é do Corinthians e, portanto, jogará em casa, vai ocupar a vaga de Daniel Alves, que está suspenso. O restante do time será o mesmo que goleou o Uruguai por 4 a 1, fora de casa, na última rodada.

Tite, aliás, negou que a escolha de Fagner tenha sido baseada na amizade com o jogador. “Não tem esse lado (de ser amigo do técnico). Quando falam que ‘convocou porque é queridinho dele’, vocês não sabem o quanto me dói. Não é legal, é dar privilégio. Não faço isso”, explicou. 




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