Transição de gestão do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC iniciou ontem em reunião simples, relâmpago e com poucos avanços concretos sobre a atual situação do órgão. O encontro também foi marcado pela ausência de cinco dos sete prefeitos eleitos em outubro.

Atual presidente do colegiado, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), se reuniu a portas fechadas apenas com o prefeito eleito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSB), e futuro sucessor do petista à frente do Paço, Orlando Morando (PSDB), favorito para receber de Marinho o bastão do Consórcio.

Marinho apenas entregou aos dois calhamaço com informações sobre a entidade. O petista, porém, não revelou detalhes do documento que, segundo a assessoria do Consórcio, possui todas as informações que norteiam a entidade, como andamento de projetos da região e até dados administrativos sobre o órgão (quadro de pessoal, situação financeira e contratos). Esse material, porém, não foi divulgado à imprensa e demanda tempo para ser estudado, avaliaram os prefeitos eleitos.

Kiko e Morando também conversaram com Luis Paulo Bresciani (PT) e Hamilton Lacerda (PT), secretário executivo e o diretor de projetos do Consórcio, respectivamente. “A reunião foi para começarmos a tomar conhecimento dos contratos. Fiquei surpreso com alguns deles, inclusive, e pretendo revê-los”, frisou Morando, sem informar quais convênios pretende reavaliar caso seja eleito presidente do órgão.

Morando antecipou que, por conta da crise econômica, também submeterá o Consórcio a cortes de gastos, como cargos em comissão. Marinho, por sua vez, alfinetou a ideia. “Isso (cortes) depende do que eles pensam do papel a ser cumprido pelo Consórcio, mas espero que, quando observarem a dimensão do órgão, tenham uma visão diferente. Se desejam que Consórcio aprofunde a governança regional, é o caminho que eu indico. Se acharem que é só uma entidade para tomar café da tarde, dá para reduzir bastante (os gastos)”, criticou o petista.