O diretório do PSDB de Diadema, que é chefiado pelo ex-prefeito e vereador José Augusto da Silva Ramos, não escapará impune por parte da executiva estadual, em razão do pífio desempenho na eleição de outubro, quando não elegeu nenhum vereador e foi apenas coadjuvante no arco de aliados a reeleger o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV).

A previsão foi anunciada pelo coordenador regional do tucanato, Márcio Canuto, que fará reunião com o diretório estadual, coordenado pelo deputado paulista Pedro Tobias, para debater o resultado contrastante da legenda no município na comparação com os demais diretórios do Grande ABC. Sigla venceu nas disputas pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra, além de aumentar sua bancada de vereadores de oito para 22 integrantes.

O dirigente teceu duras críticas à direção do diretório diademense, citando falha quando perdeu indicação da vice de Lauro – vaga ficou com Márcio da Farmácia (PV) –, após o PSDB figurar como favorito a preencher o posto. Os nomes citados na época eram da ex-vereadora Maridite Cristóvão de Oliveira e do presidente da Câmara, José Dourado.

“O resultado em Diadema infelizmente não surpreendeu. Quando fomos fazer o diálogo e ressaltar a importância de compor a chapa majoritária, a direção municipal respondeu com truculência. Pois bem, não ficou com a vice nem teve projeto próprio”, pontuou.

Ao perder a indicação na chapa majoritária de Lauro, o PSDB fechou entrada na coligação proporcional com o PV e o PCdoB, homologando apenas seis nomes na concorrências por vagas no Legislativo. A coligação conquistou seis cadeiras, todas do PV.

“Essa formatação de coalização também foi muito malfeita. Jamais permitiria que isso avançasse se o Zé Augusto fosse me informando o andamento das coisas. Apequenou o partido e simplesmente ignorou o trabalho de preservar e fortalecer a imagem do PSDB. Diadema foi decepcionante”, acrescentou Canuto.

Presidente da legenda, Zé Augusto alfinetou críticas do dirigente, garantindo comprometimento partidário. “Vamos seguir trabalhando e organizar o diretório. Derrotas acontecem e as pessoas somente podem cobrar quando dão alguma coisa”, rebateu o ex-prefeito.