O Corpo de Bombeiros formou ontem dez mergulhadores em cerimônia realizada no Aquário de São Paulo. Os selecionados fizeram parte de formação em Santo André, sendo que nove vão atuar em todo o Estado, e dois, no Grande ABC.

Conforme o coordenador e instrutor do curso, capitão do 8º GB (Grupamento de Bombeiros), Wilson Nobukazu, em todo o ano passado foram 1.200 ocorrências que necessitaram dos profissionais em todo Estado. No Grande ABC atuam em salvamentos em torno de 30 mergulhadores.

“Ainda não estamos com o número ideal. Ano passado e neste ano fizemos curso para conseguir repor essa necessidade, já que o número vem diminuindo e tem saído mais gente do que entrou”, afirmou.

Segundo ele, o ideal é que cada região tenha seis mergulhadores em serviço por dia, totalizando 18. Porém, em áreas como o Litoral paulista e locais com presença de lagos e represas, o efetivo deve ser maior.

A dificuldade em encontrar os profissionais está relacionada principalmente a rotina da função. “A atividade é de alto risco e exige muito das condições física, psicológica e principalmente de uma boa saúde. Tudo tem que estar muito bem equilibrado para conseguir completar o curso e se tornar um mergulhador. Por exemplo, de madrugada, quando tiver um afogamento, ele tem que estar disponível para se deslocar”, explicou Nobukazu.

O curso teve 45 dias e foi dividido em aulas teóricas e práticas, onde houve simulação de diversos tipos de ocorrência. “É um dos cursos mais difíceis, tanto que inicialmente tínhamos 16 bombeiros de São Paulo, um do Amazonas e um sargento da Aeronáutica. Destes, somente dez chegaram até o final.”