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Família faz campanha em prol de adolescente

Beatriz Martins, 13 anos, tem câncer na base do crânio e precisa ir para os Estados Unidos

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
12/09/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A adolescente de Santo André Beatriz Martins, 13 anos, está começando a vida, mas já enfrenta dura batalha contra o câncer. Ela foi diagnosticada com tumor na base do crânio conhecido como Cordoma de Clívus. Atualmente, a família faz campanha por meio da internet para pagamento de tratamento nos Estados Unidos.

A doença foi descoberta há quatro anos, quando a menina começou a ter dificuldades para dormir e respirar. Sintomas como fortes dores de cabeça e náuseas também apareceram. “Percebíamos que ela se engasgava quando estava deitada e algo a incomodava. Foi quando ela começou a dormir sentada porque não aguentava mais o desconforto”, afirmou a mãe, Simone Martins Stefani, 44.

Depois de vários exames e meses após os primeiros sintomas, o Cordoma de Clívus foi descoberto. O câncer é raro no Brasil e atinge a região do crânio onde há grande incidência de nervos e, por isso, o tratamento precisa ser delicado. Atualmente, o método é feito no Hospital AC Camargo, por meio de ação judicial que a família conseguiu contra o SUS (Sistema Único de Saúde).

Mesmo depois de três cirurgias e um avanço no tratamento, a adolescente ainda precisa de intervenções. Já foram três métodos para a retirada do tumor, além do implante de uma base metálica para sustentação da cabeça.

“Ela necessita fazer um tratamento que não existe na América Latina. É como se fosse uma radioterapia, só que mais precisa. Devido a região do tumor dela, tem que ser algo mais delicado para que não haja nenhuma danificação”, contou o pai Rogério Stefani, 44.

A filha única, que é tímida e dedicada aos estudos, é o xodó da família. As adversidades exigiram bastante de Bia, que ficou com uma traqueostomia (intervenção cirúrgica, onde um tubo ajuda na respiração) por três anos e teve que deixar de ir a escola, fazendo as lições em casa. “Gosto bastante de ler”, afirmou a menina.

De acordo com a mãe, as dificuldades ajudaram a unir ainda mais a família. “Foi um baque quando soubemos, mas é quando a gente percebe que família é a base de tudo. O mais difícil é que não se ouve falar muito dessa doença. Em 2014, quando iniciou o tratamento, o médico nos disse que apenas mais cinco pessoas tinham o tumor no Brasil”, disse.

Para o procedimento acontecer, a família precisa se deslocar para os Estados Unidos, em um hospital no Massachusetts. O custo (somente com o hospital) seria de US$ 60 mil.

A campanha está sendo feita pela Internet e o intuito é arrecadar R$ 200 mil para que a viagem seja feita o mais rápido possível. “Percebemos que teve grande alcance e as pessoas estão ajudando bastante”, contou Simone. Até o fechamento dessa edição, o site contabilizava R$ 36.464.

Para quem deseja realizar doações, o endereço é www.vakinha.com.br/vaquinha/bia-martins. A família também mantém uma página no Facebook (www.facebook.com/biamartins2002) que é atualizada diariamente com informações sobre a doença e o tratamento de Bia.  




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