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Presidente do Sri Lanka é reeleita
Do Diário do Grande ABC
22/12/1999 | 12:06
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A presidente de Sri Lanka, Chandrika Kumaratunga, foi eleita para um segundo mandato depois de escapar de um atentado cometido pelos separatistas tamis e que acabou provocando um aumento do apoio popular à chefe de Estado.

No entanto, observadores independentes denunciaram fraudes em grandes proporçoes durante a votaçao de ontem e também exigiram que os resultados nas províncias do nordestes do país sejam declarados nulos devido aos flagrantes de irregularidades.

Kumaratunga, 54 anos, que sofreu um ferimento no rosto durante um atentado suicidada no sábado, ao final de seu último comício eleitoral, obteve 4,24 milhoes de votos (51,37%).

Seu principal adversário, Ranil Wickremesinghe, do Partido Nacional Unido, chegou em segundo lugar, com 3,55 milhoes de votos (43%), indicou a Comissao Eleitoral.

Quando chegou à Presidência, em 1994, Chandrika Kumaratunga prometeu paz para seu país, mergulhado em conflitos étnicos.

A presidente eleita é filha de dois ex-primeiros-ministros, Salomon e Sirima Bandaranaike. Fez seus estudos universitários em Paris e terminou por dedicar-se à atividade política.

Quando foi eleita pela primeira vez, em novembro de 1994, Kumaratunga obteve 62,2% dos votos, depois de uma ascensao fulgurante que a levou ao cargo de ministra de Estado em 1993, ao de primeira-ministra, em agosto de 1994, e de presidente, três anos depois.

A comunidade cingalesa, que representa a maioria da populaçao, estava dividida entre os dois principais candidatos, mas o atentado de sábado, que deixou 21 mortos e 110 feridos, permitiu que a atual presidente obtivesse o apoio dos eleitores indecisos.

Entre os outros 11 candidatos à Presidência, apenas a candidata do partido marxista JVP, Nandana Gunathilaka, conseguiu destacar-se, obtendo um pouco mais de 5% dos sufrágios.

A eleiçao de Kumaratunga poderá ser o final de uma intensificaçao do conflito entre as tropas governamentais e os membros do movimento Tigres para a Libertaçao de Eelam Tamil (TLET, separatista).

A guerra civil desencadeada pelos TLET, que querem obter a independência das províncias do nordeste de Sri Lanka, deixou mais de 55 mil mortos desde 1972.




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