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Heavy metal em nova fase
Por Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
23/01/2011 | 07:00
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Após quase um mês longe de casa, o Seventh Seal busca descansar e recuperar as energias. A banda do Grande ABC inicia nova fase com reformulação e com fôlego total para começar um trabalho inédito.

O último compromisso do grupo ocorreu na noite de sexta-feira, quando o quinteto abriu o show do cantor inglês Blaze Bayley (ex-vocalista do Iron Maiden na década de 1990) em São Paulo. O show marcou o fim das comemorações de 15 anos de atividades do Seventh Seal.

Após a temporada de celebração, que contou com turnê de 25 dias pela Europa - incluindo 16 performances em diversos países e dois workshops em lojas de música -, o quinteto parece dar um tempo para reencontrar sua identidade.
 
O único integrante remanescente da formação original é o guitarrista andreense Tiago Claro. Atualmente, ele tem a companhia do vocalista Ricardo Peres, de Santo André; o baixista Darcio Beer, de São Bernardo; e o baterista Matheus Marques, de São Paulo.
 
Nessa década e meia de muito heavy metal, o grupo já abriu para bandas como Shaman e Angra e nomes como André Matos e Paul Di'Anno (que também foi vocalista do Iron). "Diferentemente de outras bandas que se aventuram no mercado, conseguimos seguir uma trilha mais profissional", diz Claro.

Uma das características de seu som é que as composições sempre contaram com letras em inglês. Isso tem facilitado as atividades no Velho Continente. "Não temos o ‘lance' de fazer metal em português. Pensamos no nosso público de fora. Quando você toca por lá, eles realmente prestam atenção na música e no significado das letras."

O guitarrista também aponta que o tratamento na Europa é bem diferente. Segundo ele, lá o estilo tem receptividade maior, o artista é mais valorizado e a estrutura disponibilizada pelos locais de shows contam com infraestrutura adequada. Apesar de tudo, faz questão de ressaltar que o a realidade brasileira do universo do heavy metal corre para não ficar defasada.

O Grande ABC sempre esteve na rota metaleira. "A região tem uma espécie de tradição em consumir e produzir metal. Temos por aqui um público fiel e que nos respeita bastante", afirma o músico, morador da Vila Assunção. Ele relembra que muito da história do Seventh Seal se mistura à trajetória de outros grupos locais, casos do Necromancia, Ação Direta e do Nitrominds.

A influência de bandas como Judas Priest, Pain of Salvation, Pantera e Sepultura serão utilizadas na criação das letras de seu terceiro álbum. A parte instrumental já está pronta e eles esperam entrar em estúdio em março. O objetivo é que o novo quinteto já esteja com o CD nas mãos e pronto para voltar à estrada no segundo semestre.

O orgulho por nunca terem pago para mostrar seu talento tem feito com que o Seventh Seal tenha trilhado uma interessante estrada. Um dos objetivos é tocar com o Metallica, que volta ao País em setembro, como uma das atrações do Rock in Rio. "O som deles é incrível e eles têm uma estrutura que é sensacional." O sonho dos meninos em se apresentar com a banda preferida continua vivo.




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