Mitchill Guilherme Pereira de Carvalho, 9 anos, morto domingo em acidente com jet ski na Praia Tahiti, em Ribeirão Pires, foi enterrado na tarde de ontem no Cemitério da Vila Formosa. A comoção da família, amigos e conhecidos marcou o velório e sepultamento.

O garoto estava em um bote inflável, que estava sendo rebocado pelo jet ski pilotado pelo pai, o coordenador de transporte coletivo Antônio Edivan Moreira Carvalho, 40, quando bateu com a cabeça em um dos pilares de ponte na Rodovia Índio Tibiriçá. Em depoimento, o pai declarou que o bote foi desviado de seu percurso com a passagem de outro jet ski e a formação de uma onda. No entanto, ele não apresentou habilitação necessária para conduzir a embarcação nem o documento do veículo em seu nome.

Abalados, os familiares preferiram não comentar sobre o caso. Um amigo de trabalho de Antônio Edivan, José Antônio de Freitas, disse que a família procurou advogado e foi orientada a não se expor. "Ele fez o Arrais (habilitação), mas demora para chegar. Então ele apresentou um protocolo."

Cerimônia

O velório começou por volta das 11h e foi encerrado às 16h30 com uma celebração evangélica. O sepultamento ocorreu às 17h25, quando se ouviu a frase "Obrigado Mitchill", dita pelo pai.

Funcionárias da ONG Juntos (Jardins Unidos Num Trabalho de Obras Sociais), a qual Mitchill frequentava todas as manhãs, antes de ir para a escola, definiram o menino como alguém inteligente e extrovertido. "Ele gostava de desenhar, contar histórias e contracenar", comentou a educadora Ana Claudia de Medeiros, 23.