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Governo nao chega a acordo sobre reestruturaçao do BC
Do Diário do Grande ABC
11/11/1999 | 12:00
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O governo nao conseguiu chegar a um acordo nesta quinta-feira sobre o projeto de decreto legislativo que susta a reestruturaçao do Banco Central. O acordo estava sendo negociado em reuniao, que foi encerrada no final desta manha, entre o líder do governo na Câmara, Arnaldo Madeira, parlamentares da Comissao de Finanças e Tributaçao, além do autor do projeto, deputado Pauderney Avelino (PFL-AM), com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e o presidente do BC, Armínio Fraga. Madeira admitiu, à saída da reuniao, a dificuldade em se chegar ao acordo. "Vamos continuar conversando", afirmou.

Ele preferiu nao informar as alternativas que estao sendo negociadas. "Se existe uma saída, eu nao poderia anunciá-la agora". Segundo ele, enquanto nao houver acordo, o BC irá dar continuidade ao programa de reestruturaçao. Uma nova reuniao foi marcada para a próxima semana para prosseguir com as negociaçoes. Por sua vez, o presidente do BC, Armínio Fraga, disse que o encontro foi "excelente", mas também preferiu nao entrar em detalhes. Fraga nao quis comentar também a decisao de ontem do Copom, que manteve inalterada a taxa selic.

Entendimento - O autor do projeto de decreto legislativo que suspende o programa de reestruturaçao do Banco Central, Pauderney Avelino (PFL-AM), disse que vai continuar buscando um entendimento em torno do assunto. Avelino também participou da reuniao com o ministro da Fazenda, Pedro Malan, e do Banco Central, Armínio Fraga, para tentar negociar um acordo e por fim ao impasse em torno do programa. O deputado, no entanto, insistiu que o Banco Central nao pode fazer essa alteraçao, sem autorizaçao do Congresso Nacional. Para o deputado, será necessária a aprovaçao de uma lei complementar.

Ele afirmou, no entanto, que o seu projeto nao será votado pelo plenário da Câmara, enquanto o entendimento com o governo nao for encontrado. Ele disse ainda que na próxima semana terá uma nova reuniao com o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central, sobre o assunto, quando espera chegar a um acordo. "Todos estamos convencidos que o interesse do país precisa ser preservado e vamos tentar um acordo", afirmou.




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