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Começa vacinação contra gripe

Profissionais de Saúde das redes pública e privada são primeiros a receberem imunização; a partir de segunda, campanha contemplará crianças

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
05/04/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Atualizada às 11h10

A campanha de vacinação contra a gripe teve início ontem na Região Metropolitana de São Paulo – incluindo o Grande ABC –, com a primeira etapa priorizando os profissionais que atuam na área da Saúde, tanto de equipamentos públicos como privados. A escolha se deu pelo fato de eles manterem contato direto com grande número de pessoas que podem estar com os vírus.

A ação, que começaria no fim do mês, foi antecipada pela Secretaria de Estado da Saúde por conta do crescimento de casos antes da chegada do inverno. Até o dia 29 de março, foram notificadas 59 mortes por gripe e 465 de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Desse total, 372 casos e 55 mortes foram relacionados à Influenza A (H1N1). A vacina protege contra os vírus do inverno de 2016 (A/Califórnia (H1N1), A/Hong Kong (H3N2) e B/Brisbane).

Em Santo André, 19,7 mil doses chegaram na sexta-feira. A Secretaria de Saúde informou que atualizará os casos de SRAG, especialmente os relacionados com o vírus H1N1, uma vez por semana e que outras informações devem ser repassadas amanhã. Dos últimos dados, encaminhados no dia 29, constavam que, dos três casos confirmados de H1N1, dois evoluíram para óbito.

São Caetano não informou a quantidade de profissionais que serão vacinados. Neste ano, a cidade registrou três casos confirmados de H1N1. E outros três suspeitos em análise. No ano passado, zero. Nenhum histórico de óbito.

Em Mauá, o primeiro lote, com 7.500 doses, também chegou na sexta-feira. Neste ano, foram registrados 26 casos suspeitos de SRAG com potencial para H1N1, aguardando diagnóstico. Destes, apenas um caso foi confirmado, com óbito do paciente. Outra morte está sendo investigada, de acordo com a Prefeitura.

Em Rio Grande da Serra, cerca de 900 funcionários da Saúde serão imunizados ao longo da semana. O município não registrou, até o momento, nenhum caso confirmado ou suspeito de H1N1.

A administração de Diadema, que não informou a quantidade de trabalhadores que serão vacinados, disse que, desde o início de 2016, foram registradas 13 notificações por SRAG, sendo uma descartada e as demais ainda em avaliação. Entre os casos suspeitos, há dois óbitos em investigação.

Ribeirão Pires, onde sete casos suspeitos estão em análise, não comentou a quantidade de profissionais a serem imunizados. São Bernardo não se manifestou.

A partir de segunda-feira, a campanha envolverá as crianças com mais de 6 meses e menos de 5 anos, gestantes e idosos acima de 60 anos. A partir do dia 18, abrangerá mulheres puérperas e pessoas com comorbidade e, no dia 30, começa a mobilização nacional.

 

PREVENÇÃO

O medo do H1N1 pode fazer com que muitas pessoas se desesperem para procurar atendimento médico, mas o diretor do Centro Integrado de Vigilância à Saúde de São Caetano, Caio Williams Castro Junior, ressalta que a gripe, de forma geral, pode ser tratada em casa. “Aquela que tem febre muito alta, falta de ar, peito chiando, aí sim o paciente deve procurar imediatamente o pronto-socorro”, explica, acrescentando que algumas atitudes já conhecidas da população são o principal jeito de se prevenir. “Evitar aglomerações e procurar locais mais arejados; lavar as mãos e evitar o contato delas com os olhos e a boca; levar um lenço à boca quando for tossir ou espirrar, enfim, os cuidados de sempre.”




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