Economia Titulo Seu bolso
Diferença de preço
do feijão atinge 73%

Sem grande surpresa ao consumidor, cesta básica da região
custa R$ 364,81, resultado de inflação semanal de 1,05%

Por Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
10/02/2012 | 07:24
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Nesta semana o consumidor não encontrou grandes surpresas na hora de comprar os 34 produtos da cesta básica. Levantamento da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) revelou que o custo do pacote subiu 1,05% em comparação com a última semana de janeiro, passando a R$ 364,81. "O que é visto como estabilidade", disse o engenheiro agrônomo do Craisa Fábio Vezzá De Benedetto. Para ele, mais gritante neste estudo foi a diferença de preços do feijão entre os estabelecimentos, que atingiu 73%.

"Nós fazemos a pesquisa com o pacote (de um quilo) do feijão mais barato dos mercados. O mais caro estava R$ 5,19, contra o menor preço de R$ 2,99", explicou Benedetto. O especialista observou que a última vez que o levantamento captou preço do feijão próximo a R$ 5 foi em 2008. "Na época faltou o grão no mercado", disse, apontando que a queda na oferta com a demanda constante pelo produto resultou em preços mais altos.

A Craisa coletou informações em 14 estabelecimentos de Santo André, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. O levantamento semanal ocorre em todas as segundas-feiras e terças-feiras. A metodologia prevê que nesses dias dificilmente os supermercados terão alguma promoção, que normalmente tem início na quarta-feira, assim evitando interferência nos preços médios.

GRUPO - A variação de 1,05% da cesta básica representou alta de R$ 3,80. Entre os quatro grupos de produtos que compõem o pacote, os itens de limpeza doméstica tiveram a maior variação, de 2,22%. Em seguida aparecem os produtos de higiene pessoal, que encareceram 1,43%, alimentícios (1,03%) e hortifrutigranjeiros (0,72%).

No grupo limpeza, a embalagem com cinco unidades de 200 gramas de sabão em barra puxou a alta, com inflação de 7,08% no preço médio. Os pesquisadores do Craisa encontraram o produto por preços entre R$ 3,95 e R$ 5,39. O sabão em pó de um quilo teve deflação de 0,57%, o que levou ao valor médio de R$ 5,54. O detergente de 500 mililitros inflacionou 1,79% e a esponja de aço subiu 6,25%.

O preço do creme dental de 90 gramas teve a maior inflação no grupo higiene pessoal, com variação de 6,82%. O valor médio atingiu R$ 3,29.

A bolacha maisena foi outro destaque no grupo alimentício. O pacote de 200 gramas custa, em média, R$ 1,54, com diferença de preços de 139% entre os estabelecimentos e inflação média de 14% em relação à última semana de janeiro.

IN NATURA - A cebola foi a vilã do grupo hortigranjeiro. Segundo o levantamento da Craisa, a inflação do produto atingiu 13,2%. Enquanto na última semana de janeiro o quilo custava R$ 1,43, na segunda-feira e na terça-feira passou para R$ 1,62.

O tomate foi outro produto que pesou no bolso do consumidor. O fruto inflacionou 11,6% na comparação semanal. O preço médio do quilo está em R$ 3,07.




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