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Parquímetros rejeitam moedas de R$ 0,10
Vanessa Selicani
Especial para o Diário
12/12/2007 | 07:04
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A reportagem do Diário testou 20 parquímetros da região central e do bairro Jardim, em Santo André. Em 15 deles, as moedas de R$ 0,10 foram rejeitadas pelas máquinas ou só foram aceitas após várias tentativas. Desses, seis jogaram para fora as de R$ 0,10 mesmo após várias inserções.

Para fazer o teste, foram utilizadas duas moedas de cada valor (R$ 0,05, R$ 0,10, R$ 0,25 e R$ 0,50). Uma do modelo antigo e a outra do mais recente.

“Não adianta nem tentar que de R$ 0,05 e R$ 0,10 não entram aqui. Os clientes passam horas esfregando as moedas para ver se dá certo”, conta a recepcionista Ariane Soares Rosalino, 22 anos, que trabalha em frente ao parquímetro na Rua Coronel Abílio Soares.

NOVO TESTE

Ontem, o Departamento de Trânsito da cidade e a concessionária Estapar, responsável pelo serviço, se propuseram a repetir o teste com o Diário. Percorremos a maior parte das ruas com parquímetros no Centro e algumas do bairro Jardim. Desta vez com um número maior de moedas de R$ 0,10. Só na Rua Almirante Protógenes, a máquina apresentou rejeição e terá o leitor trocado.

Nos outros aparelhos, as moedas de R$ 0,10 continuaram sendo rejeitadas.

“Não há como negar que realmente nos dêem trabalho. Acreditamos que isso ocorra por haver muitas variações na cunhagem feita pela Casa da Moeda”, justifica o gerente de operações da Zona Azul Eletrônica, Marcelo Luís Gonçalves.

O serviço do parquímetro é administrado pela empresa Hora Park, do grupo Estapar, prestador de serviços desde a implantação da Zona Azul na cidade, em 1999. Os 85 equipamentos recebem manutenção duas vezes ao ano. A última foi no mês passado.

CAUSAS

Os motivos para tamanha rejeição às moedas novas de R$ 0,10 são desconhecidos pelos administradores. Eles cogitam algumas hipóteses. O diretor de Trânsito e Circulação da cidade, Eric Lamarca, explica que há uma variação muito grande nas moedas. “Além disso, tínhamos um problema com unidades falsificadas e nosso sistema precisa ser rigoroso”, alega.

A máquina possui um decodificador que faz a leitura das moedas levando em consideração peso, diâmetro e material. A empresa responsável considera normal que haja rejeição de moedas em 7% dos casos.

A Casa da Moeda foi procurada pelo Diário para responder sobre diferenciação de cunhagem das moedas, mas não se manifestou.

Reclamações quanto a parquímetros podem ser feitas pelo telefone 4992-7003.

(Supervisão de Cláudia Fernandes)




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