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Uniesp adquire Faculdade Iesa
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
22/12/2009 | 07:00
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Em mais um movimento de consolidação no setor educacional no País, o grupo Uniesp (União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo) adquiriu há poucos dias a tradicional Faculdade Iesa (Instituto de Ensino Superior Santo André).

Fundado há apenas dez anos, a Uniesp vem num processo de expansão agressivo, que envolve tanto abertura de unidades, quanto aquisições. Em março deste ano, havia comprado a Faculdade Evolução, em São Roque, e, mais recentemente, em maio, assumiu o controle da FAD (Faculdade de Diadema) - primeira operação no Grande ABC.

Presente hoje em 21 municípios (dentre os quais a Capital, Sorocaba, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, Marília e Bauru), o grupo, que tem faturamento anual de R$ 160 milhões, possui a meta de estar, em quatro anos, em todas as cidades paulistas com mais de 100 mil habitantes. O objetivo, com isso, é ampliar o atendimento dos atuais 36 mil alunos para mais de 120 mil.

NEGOCIAÇÃO - Segundo o presidente da Uniesp, Fernando Costa, o negócio em Santo André (cujo valor não é revelado) fortalece a presença no mercado da região, que considera importante devido à força da economia local. "Temos em vista agora outras instituições para nos consolidar como um dos maiores grupos do Grande ABC", afirmou.

A Iesa existe há mais de 40 anos. Com a venda, os antigos administradores, Sérgio e Cecília Lazzarini, afastam-se do comando da escola - embora o prédio permaneça com a família, que vai locar o espaço para a empresa compradora.

Sérgio explica que as conversas duraram cerca de sete meses e resume o que foi a transação: "Foi uma questão de oportunidade, a instituição estava saudável; chegamos a um bom entendimento."

Ele acrescenta que o grupo Uniesp tem mais visibilidade, e cita que atualmente o mercado é mais favorável a grandes grupos empresariais.

TENDÊNCIA - Costa concorda que há movimento crescente de consolidação no segmento. "Este processo é irreversível. Existe a necessidade de se trabalhar com escala, o que diminui custos de apoio; escolas isoladas terão dificuldade se não buscarem parceria, fusão ou venda", afirma.

Dados da CM Consultoria atestam esse movimento tem se tornado mais intenso nos últimos anos.

Desde 2007 até o primeiro quadrimestre deste ano, a Anhanguera Educacional, por exemplo, fez 20 aquisições, com valores estimados de R$ 693 milhões; a Kroton Educacional adquiriu outras 28 instituições de ensino (somando cerca de R$ 117,8 milhões); e a Estácio Participações comprou 18 escolas (montante calculado de R$ 365 milhões).




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