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Após 18 anos, moradores se reúnem em área reflorestada

Monte Carlo, em São Bernardo, comunidade visita espaço recuperado ao longo de 1997

Por Daniel Macário
do Diário do Grande ABC
29/12/2015 | 07:07
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André Henriques/DGABC


Dezoito anos após realizar série de mutirões para revitalização e reflorestamento de área às margens da Represa Billings, moradores do Jardim Monte Carlo, em São Bernardo, reuniram-se ontem para acompanhar de perto os resultados alcançados de lá para cá em região que agora serve como exemplo de preservação ambiental.

Em 1997, moradores da região, por meio de projeto da Sociedade Amigos do Bairro Jardim Monte Carlo e Yara Praia, fizeram mutirões para recuperar as margens da Billings, divulgado em reportagem do Diário.

Na época, cerca de 80 moradores participaram do projeto que, durante todo o ano, realizou entre 20 e 30 mutirões. Ao todo, foram retiradas do local 18 toneladas de lixo, além de terem sidos plantados, com orientação de especialista, 1.100 metros de grama e 1.200 mudas nativas, entre ameixeiras, amoreiras e pitangueiras.

Agora, os mesmos moradores voltaram ao local e se surpreenderam com o resultado. “É uma alegria imensa ver que, desde então, tudo se manteve, sendo que algumas mudas já chegaram a cerca de sete metros”, relata José Geraldo dos Santos, 66 anos, que na época foi o responsável pela criação do projeto.

Enquanto moradores realizavam manutenção da área ontem, Santos relembrou do período em que a região vivia situação crítica. “Lembro que naquela época tiramos pneus, geladeira e até gabinete de máquina de lavar da represa. Desde então, toda vizinhança criou vínculo com o espaço e agora ele é referência para outras pessoas. Para que deixar para o órgão público se nós, a comunidade, podemos fazer nossa parte?”

Presente no primeiro mutirão, o comerciante Benedito Santos, 55, afirma que, de forma inconsciente, o projeto feito há 18 anos ajudou no combate à crise hídrica. “Antes a Billings estava um lixo. Isso com certeza auxiliou na preservação ao menos de uma parte da represa.”

O também comerciante da região Levi Ramos, 54, acompanhado do filho e da mulher, afirma que, após a intervenção, todos do bairro se tornaram fiscais do meio ambiente. “Pedimos para a Prefeitura limpar a área, mas demoram muito. Então acabamos ficando responsáveis por esse espaço, que, no fundo, virou nossa área de lazer.” 




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