O grid da Mercedes-Benz Challenge para a disputa no autódromo de Interlagos é composto por pilotos que têm no automobilismo um hobby, sendo na maioria empresários dos mais diferentes setores e ramos. Entre eles, um é mais conhecido, principalmente por conta da mídia: o apresentador Otávio Mesquita, que divide o cockpit do carro número 27 da categoria CLA AMG com Cláudio Dahruj.

Aos 56 anos, Mesquita é reconhecidamente um apaixonado por velocidade. E seu currículo mostra isso. Já competiu em diversas categorias nacionais de turismo, fundou a Porsche Cup em 2005, participou da GT3 guiando uma Ferrari e agora está a bordo de uma Mercedes. Mas o ápice foi há 15 anos, quando alugou o circuito de Magny Cours, na França, para dirigir um Fórmula 1. Tudo para realizar um sonho.

“Digo que sou pessoa privilegiada, porque pilotei Porsche, Ferrari, Mercedes e ainda um Fórmula 1, quando em 2000 dei 15 voltas na Bennetton do Giancarlo Fisichella. Então já posso virar estrelinha que estou feliz”, afirmou.

Das etapas que participou, Mesquita completou duas, e neste fim de temporada com a corrida em São Paulo, às 12h35 de hoje, o apresentador destacou 2015 como ano de aprendizado. “Uma experiência para mim, porque os carros são muito diferentes. Os da Porsche Cup são feitos para corrida, enquanto os da Mercedes são adaptados. Mas para o primeiro ano foi bom”, destacou ele, que sugere melhorias para o carro. “Precisa de evolução. É bom de dirigir, seguro, mas acho que tem detalhes que em um ou dois anos vão ser resolvidos”, opinou.

Sobre o futuro, não sabe se vai permanecer na categoria ou retornar à sua cria. “Estou com dois alemães (Mercedes e Porsche) na minha orelha, não sei qual vou beijar na boca. Estou na dúvida”, brincou Otávio Mesquita, que ao lado de Dahruj, parte da nona colocação na corrida de hoje.

Chuva coloca Adriano Rabelo em vantagem no grid da CLA

A briga pelo título da categoria CLA AMG ganhou um último capítulo emocionante ontem à tarde, em Interlagos. A chuva que castigou a Capital deixou o circuito bastante pesado e os pilotos sofreram para encontrar o melhor acerto. Quem se deu melhor foi um forasteiro na luta pelo campeonato: Arnaldo Diniz Filho, da Comark, que fez a pole em 1min57s615.

Vice-líder da competição, Adriano Rabelo, da Cordova, fechou com a segunda melhor marca (1min57s726) e tem vantagem sobre o primeiro colocado do campeonato, Fernando Júnior, da WCR, que partirá do sétimo lugar (1min58s318). O andreense e diretor do Diário, Danilo Pinto, da Scuderia 111, largará em 23º.

Fernando Júnior tem 114 pontos na temporada, contra 102 de Adriano Rabelo. Se a corrida terminar com os concorrentes na posição que iniciarem, o título fica com o segundo, que chegaria a 142 – a pontuação será dobrada –, enquanto o rival somaria 132.

Já na C250, quem sai na frente é a dupla Marcos Paioli e Peter Gottschalk, que é vice-líder da competição com 97 pontos. O líder Peter Michel Gottschalk (99) parte em segundo. DB