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Tente dormir com um barulho desses
Michelly Cyrillo
Do Diário do Grande ABC
19/09/2010 | 07:03
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A chegada do fim de semana para muitos não é sinônimo de descanso. De quinta-feira a domingo, quem tem como vizinho bares e casas noturnas sofre com o barulho de quem saiu de casa para se divertir. Na madrugada, quando o problema é agravado, sobra para a PM (Polícia Militar) atender aos chamados para acabar com a baderna. De janeiro a agosto, a PM recebeu por meio do 190 e disque denúncia 181, 3.160 chamados de violação de perturbação do sossego. Santo André é a única cidade da região que disponibiliza atendimento telefônico 24h para esse tipo de reclamação.

"Eu rezo para o fim de semana não chegar, porque sabemos que serão noites sem dormir e muito nervosismo", disse morador, que preferiu não se identificar, de um prédio em frente a três bares, no bairro Jardim, em Santo André. Quando a equipe do Diário esteve no local nesta semana, os condôminos improvisaram um protesto, acedendo todas as janelas das varandas dos apartamentos.

No caso de denúncia feita à polícia, uma viatura é deslocada ao local. Quando as pessoas não entram em acordo são encaminhadas para o Distrito Policial e orientadas a registrar boletim de ocorrência.

A medição dos decibéis dos estabelecimentos comerciais fica a cargo das Prefeituras. Há telefones e postos de atendimento em horário comercial (veja quadro nesta página).

"As pessoas até desanimam de fazer a denúncia, porque é na hora da raiva, que você quer chamar. E é tanta burocracia, que tira a paciência", conta vizinho de bar localizado na rua Mediterrâneo, no Jardim do Mar, em São Bernardo.

Os municípios possuem leis e decretos sobre poluição sonora, determinando quantos decibéis são aceitáveis no período noturno e diurno. As leis estipulam ainda valores das multas que são aplicadas e a determinação da lacração do estabelecimento caso não se regularize ou reincida no abuso.

"O problema não é apenas a casa que não tem proteção acústica, mas também os frequentadores que ficam fumando e fazendo algazarra na porta. Além de som alto nos carros e as brigas", aponta outro reclamante, morador da Gamboa, em Santo André, o técnico Frederico Silva.

É uma questão de cidadania, que acarreta consequências graves, como problemas de saúde decorrentes de noites mal dormidas, relatam os médicos.




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