Política Titulo SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Depois de um mês de inércia, Câmara consegue destravar projetos

Legislativo não aprovava proposta desde instituição do G-9 e início da greve

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
29/05/2015 | 07:00
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Os vereadores de São Bernardo conseguiram ontem destravar os trabalhos legislativos da Casa e garantiram a votação de três matérias, do Executivo, depois de mais de um mês de congelamento. A viabilização ocorreu por conta do chamamento de sessão extraordinária, que foi convocada pelo presidente do Legislativo, José Luís Ferrarezi (PT).

As atividades da Câmara estavam paradas desde 15 abril, quando grupo de parlamentares governistas instituíram o G-9, depois de desentendimentos com a bancada do PT. Como represália ao prefeito Luiz Marinho (PT), os vereadores passaram a esvaziar a sessão durante votação de projetos, fazendo com que Ferrarezi provocasse adiamentos das matérias. Na ocasião, o presidente da Casa justificou que colocaria propostas em votação “somente quando sentisse segurança” quanto à aprovação. Dos 28 parlamentares, 20 estão alocados na base de sustentação de Marinho. Com o racha, a governabilidade ficou comprometida.

Após o impasse político, o Legislativo voltou a sofrer com o começo da greve dos servidores públicos, iniciada em 13 de maio. A Casa foi alvo de protestos e até acampamento por parte dos grevistas. As sessões ficaram marcadas por sucessivos manifestos, impedindo tramitação e discussão em torno de propostas.

Ficou frequente a presença de servidores e uso da tribuna para reivindicar ajuda dos parlamentares, mediante impasse sobre proposta de reajuste salarial com o Executivo.

VOTAÇÃO
Entre as matérias que sofreram seguidas prorrogações e que conseguiram seu destravamento ontem estava a assinatura de convênio da Prefeitura com a Caixa Econômica Federal, liberando financiamento de R$ 20 milhões para serviços de recapeamentos em ruas do bairro Riacho Grande.

Mesmo com celeridade proposta no plenário, o texto gerou polêmica no debate entre os vereadores.

Oposicionista, Pery Cartola (SD) se absteve da votação, sob a alegação de que seus colegas desrespeitaram acordo interno. “Ficou combinado que não votaríamos nada até que a greve dos servidores não fosse encerrada. Por isso tomei essa atitude”, justificou Pery.

Também da oposição, Juarez Tudo Azul (PSDB) assegurou que não houve qualquer tratativa em torno do texto ao dar aval a proposta do governo petista. “Fui favorável porque entendo a necessidade do município, que precisa de investimento para melhorias de um bairro importante”, alegou. 




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