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Bush deve assinar neste domingo lei contra a eutanásia
Da AFP
20/03/2005 | 16:50
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, voltou correndo neste domingo de seu rancho em Crawford (Texas) para Washington com o propósito de assinar uma lei que pode impedir a eutanásia de Terri Schiavo, 41 anos, em coma há uma década e meia.

"O presidente deseja assinar a lei o mais rápido possível, assim que for aprovada pelo Congresso", disse Scott McClellan, ao comentar o que Bush faria para evitar a morte de Terri Schiavo. "Trata-se de defender uma vida", acrescentou.

O motivo de tanta pressa é que Terri foi desligada do tubo de alimentação, pela terceira vez, nesta sexta-feira, em mais um episódio da extensa batalha legal entre o marido da doente, Michael Schiavo, e seus pais Bob e Mary Schindler.

Michael garante que a mulher não desejava ser mantida viva por máquinas e conseguiu mais uma sentença favorável do juiz encarregado do caso na Flórida. Os médicos afirmam que sua condição é irreversível.

Os Schindler, por sua vez, insistem que a filha pode melhorar com tratamentos e correm contra o tempo, recorrendo aos políticos favoráveis a sua causa, como o governador Jeb Bush, irmão do presidente George W. Bush.

Neste sábado, a mãe de Terry, Mary Schindler, voltou a fazer protestos nas proximidades do hospital em que ela se encontra. "Minha filha está neste edifício, morrendo de fome", disse.

O presidente Bush e a maioria do Congresso dos Estados Unidos somaram forças para defender a causa dos pais de Terri, tão apreciada por seus eleitores conservadores cristãos, e aprovar uma lei que impeça a eutanásia.

Neste sábado, a Câmara dos Representantes deu sinal favorável neste sentido. "Sinto-me honrado em anunciar que os negociadores do Senado e da Câmara dos Representantes concordaram com um projeto de lei de compromisso, bicameral e plural, para salvar Terri Schiavo", informou o chefe da bancada republicana na Casa, Tom Delay.

Para o marido de Terri, Michael Schiavo, a posição do Congresso é um abuso de poder inaceitável. "Esta era a vontade de Terri", disse à 'CNN'. "Sinto como se o Governo tivesse pisoteado minha vida pessoal", lamentou.

"Todos e cada um de nós neste país temos o direito constitucional de nos negarmos a receber o tratamento médico que não queremos. Terri faz uso deste direito", explicou seu advogado, George Felos.

A eutanásia é um assunto polêmico nos Estados Unidos, onde apenas um dos 50 estados aprovou o direito a morrer dos doentes terminais.




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