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Uma ilha, várias histórias
Por Rosângela Espinossi
Do Diário do Grande ABC
25/10/2007 | 07:01
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A Sicília é uma só, mas também é muitas. Muitas porque esta ilha, a maior do Mediterrâneo, com 25 mil quilômetros quadrados, reúne várias culturas dos povos que por lá passaram ao longo do tempo: gregos, cartagineses (fenícios), romanos, árabes, bizantinos, espanhóis, normandos, franceses e vários outros.

O motivo para isso: localização estratégica para o comércio marítimo. Fica ao Sul da Itália, separada da parte continental pelo estreito de Messina, de apenas três quilômetros; e ao Norte da África, 140 quilômetros da hoje Tunísia, antiga Cartago.

Devido ao formato triangular, os gregos batizaram a ilha de Trinacria, cujo símbolo é uma espécie de medusa com três pernas, lembrando a figura geométrica. Até hoje, o desenho faz parte dos símbolos sicilianos, como a bandeira e brasões.

NATUREZA

A mistura de povos, aliada ao sol que insiste em aparecer quase todos os dias do ano, é um deleite para o turista. É de perder o fôlego o contraste entre o azul-turquesa das geladas águas mediterrâneas e as nunces amareladas das montanhas que dão o tom à geografia de toda a ilha.

As praias apresentam tanto areias finas quanto pedras, e o mar, por vezes, arrebenta nas imensas paredes rochosas que funcionavam como fortalezas para os governantes de plantão.

Não bastasse essa natureza, que ostenta ainda oliveiras, parreiras, frutas cítricas e vegetação rasteira, a paisagem tem como componentes o vulcão ativo Etna e as dezenas de templos gregos espalhados pela ilha. Há também mosaicos herdados pelos romanos e uma arquitetura que mistura as várias influências recebidas ao longo da história.

GREGOS

É comum dizer que quem quer conhecer a Grécia precisa ir à Sicília. Estão lá várias edificações do tempo em que os gregos eram “donos” de parte da ilha, ocupação que começou por volta do século 6 a.C, expostas a céu aberto, algumas com entrada gratuita. Naquela época, não havia muita diferença entre Atenas e cidades da Sicília, como Siracusa.

PRAZER

Todos esses ingredientes, misturados à simpatia do povo e à rica gastronomia, herdada também das várias culturas que por ali passaram, formam um roteiro imperdível para quem viaja por prazer.

E para conhecer a ilha não é preciso mais de uma semana. Ao chegar à capital, Palermo, escolha o roteiro pelo Leste, pelo Oeste ou pelo Centro, alugue um carro (a melhor opção para se locomover, com estradas boas e a maioria sem pedágio) e vá provando e vendo as delícias oferecidas por cada cidade. São lembranças que ficam guardadas para sempre não só nas fotografias, mas na alma.



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