Processo de cassação do mandato do vereador de São Caetano Chico Bento (PP) por quebra de decoro parlamentar em razão da acusação de ter cometido ameaça ilegal e cárcere privado contra o ex-articulador político do Paço Antonio de Pádua Tortorello poderá ser iniciado por provocação de partidos representados na Câmara ou da própria mesa diretora. A regra é estabelecida pela Lei orgânica do Município.

Após o caso, Pádua, que está atualmente sem partido, prometeu se movimentar para que a discussão sobre quebra de decoro parlamentar de Chico seja instaurada. O ex-articulador político do Paço também se dispôs a responsabilizá-lo judicialmente sobre o ocorrido. O 1º DP (Santo Antônio) de São Caetano abriu inquérito para elucidar o caso e encaminhará o resultado da investigação à Justiça.

Presidente do Legislativo a partir de 1º de janeiro, Paulo Bottura (Pros) já avisou que vai pedir aos colegas de Câmara para não tratar do tema. “Não há o que se falar em quebra de decoro”, afirmou.

No entanto, ele terá de convencer os companheiros de direção Beto Vidoski (PSDB), seu vice, a primeira secretária Magali Selva Pinto (PSD), o segundo secretário Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato (SD) e o terceiro secretário Severo Neto (PSB).

Pádua relatou que Chico Bento o trancou dentro de sua antiga sala no Palácio da Cerâmica, na terça-feira, o acusou de traição por ter apoiado a candidatura de Bottura à presidência da Câmara em detrimento da sua, que tinha apoio de Pinheiro, e colocou um peixeira em seu pescoço o ameaçando de morte caso não pedisse exoneração. O prefeito também teria sido trancado no recinto para formalizar o pedido de demissão de Pádua.

A postura é vista como quebra de decoro parlamentar por juristas, já que envolve um desentendimento institucional relacionado as funções que exerciam em instituições públicas.