Representante da geração que revitalizou a música popular nos últimos quatros anos, Roberta Sá lança o primeiro DVD da carreira, Pra se Ter Alegria (Universal Music, R$ 34, em média). Gravado em abril na Vivo Rio, casa de espetáculos carioca, o vídeo traz o show com repertório baseado nos discos Braseiro (2005) e Que Belo Estranho Dia pra se Ter Alegria (2007). A apresentação também ganhou registro em CD (R$ 24, em média).

Ao mesmo tempo em que reverencia o passado, Roberta busca referências atuais. Paga tributo, por exemplo, a Dorival Caymmi, autor de A Vizinha do Lado. Quando relê o clássico, destaca-se pela segurança e maturidade.

Mas a cantora, 28 anos, também dialoga com seus contemporâneos em Casa Pré-Fabricada, composição de Marcelo Camelo registrada por ela no disco de estreia e gravada pelos hermanos no CD Bloco do Eu Sozinho (2001).

O principal trunfo da artista é não se limitar a releituras ortodoxas de sambas e outros ritmos que estão sob o grande guarda-chuva musical batizado genericamente de MPB há quatro décadas.

PARTICIPAÇÕES - Roberta divide o palco com o marido, o cantor e compositor Pedro Luís, que toca cavaquinho no samba de roda Girando na Renda. O rapper Marcelo D2 pontua com rimas a cadência bonita de Samba do Balanço.

Já o bandolinista Hamilton de Hollanda mostra o habitual virtuosismo na lírica e melancólica Novo Amor, que compara o fim do Carnaval ao término de um relacionamento.

Nos extras, além do clipe de Belo Estranho Dia de Amanhã, há parcerias gravadas em estúdio com Chico Buarque (Mambembe), Ney Matogrosso e Trio Madeira Brasil (Peito Vazio) e Yamandu Costa (Modinha e Eu Já Não Sei).