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Mantida, CPI da Saúde terá atuação branda

Yoshio se posiciona favorável à apuração, mas diz ter 80% das dúvidas sanadas em conversa com Lauro

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
26/02/2014 | 06:56
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Contrariando o desejo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), o vereador Ricardo Yoshio (PRB) resolveu manter a CPI da Saúde. Mas, apesar da expectativa criada, o grupo de apuração terá atuação amena, já que o parlamentar disse que ficou satisfeito com a reunião realizada na semana passada com o verde e o secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB).

Yoshio disse que saiu do encontro com 80% das dúvidas sobre o setor sanadas. “Talvez, se tivéssemos esse diálogo anteriormente, não precisaria (da CPI)”, disse o parlamentar. Segundo ele, a comissão se voltará a temas como a falta de equipamentos e medicamentos nas unidades de Saúde, problemas apontados por profissionais que atuam no município.
Apesar de ainda não estar formada oficialmente, a CPI terá como primeira atribuição reunião com representantes dos trabalhadores que atuam do Hospital Municipal, juntamente com servidores da Prefeitura e demais vereadores. A plenária ainda não tem data nem local definidos.

O republicano garantiu que, após a reunião com os profissionais do HM, se houver necessidade, convocará a diretora da unidade, Sylvia Maria Moreira, e Zé Augusto para prestar esclarecimentos na Câmara.

Ao comentar sobre a atuação do ex-prefeito na Secretaria de Saúde, Yoshio disse enxergar críticas na atuação do tucano no primeiro ano de trabalho, mas, segundo ele, agora o quadro mudou. “Falavam que ele é truculento, mas achei ele tranquilo e consciente do seu trabalho. Tivemos discordâncias em alguns pontos, mas definimos uma linha que vai ser produtiva para todos.”

A saída de 85 médicos da rede municipal de Diadema desde 1° de janeiro de 2013 resultou em inúmeras críticas a Zé Augusto, principalmente pelo modo como ele se relacionava com os profissionais, que não concordavam com seu método de gerenciamento do setor.

Ao relatar o fato a Lauro, Yoshio disse que teve como resposta um pedido do verde para dialogar com os médicos sobre a possibilidade de recontratá-los para a rede municipal.
“Será uma conversa informal com alguns profissionais que conheço. Muitos estão desconfiados sobre a mudança de postura de Zé Augusto, mas vou tentar levar o máximo que eu conseguir para conversar”, disse o parlamentar, que também é médico.

PROCEDIMENTO
A convocação dos quatro integrantes que vão compor a CPI ao lado de Yoshio está nas mãos do presidente do Legislativo, Eduardo Manoel Marinho, o Maninho (PT), que encaminhará ofício aos líderes das siglas com representação na Casa para que indiquem seus representantes. Se ninguém se manifestar em cinco dias, ele indicará os nomes.

A investigação foi aprovada no fim do ano passado, após Yoshio conseguir sete assinaturas dos 21 vereadores – um terço da Casa, como determina o regimento interno. Mas, resolução aprovada pela mesa diretora em 2010 determina que, para a apuração ser efetivada, após as sete adesões, tem de ser colocado em votação um decreto legislativo apresentado por Maninho. Para ser avalizado, são necessários 11 votos, ou seja, maioria simples.

Para levar a ação adiante, o petista se ampara na LOM (Lei Orgânica do Município) e em determinação do STF (Supremo Tribunal Federal) de 2006, ambas estabelecendo que o procedimento pode ser instaurado apenas mediante adesão de um terço dos parlamentares.
 




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