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CPI da Craisa faz 1ª reunião e avança

Vereadores pediram contratos da autarquia, que tem 15 dias para responder ofício

Por Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
07/11/2013 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


A CPI da Craisa definiu ontem os documentos que serão solicitados para a autarquia – essa foi a primeira deliberação, após a retomada dos trabalhos por determinação da Justiça. Os contratos firmados desde 2005 e o material sobre a concessão dos boxes da Ceasa (Central de Abastecimento do Grande ABC) serão os principais pontos da investigação. A instituição tem 15 dias para responder. Depois da verificação começarão a ser marcados os depoimentos.

O presidente da comissão, vereador José Montoro Filho, o Montorinho (PT), declarou que o acordo com a Coop (Cooperativa de Consumo) em 2012 passará por pente-fino. A empresa administrava o sacolão da Vila Luzita por concessão dada pela Craisa. “No meu entendimento, deveria ter sido aberta uma licitação. O contrato foi renovado sem abertura de certame”, explicou.

O petista declarou que enviará hoje o ofício com a solicitação dos documentos para a Craisa. “Assim que nós recebermos o material solicitado, vamos nos debruçar para definir e marcar as primeiras oitivas.”

A polêmica sobre a concessão dos boxes na Ceasa também será um dos pontos altos na apuração da CPI. No começo do ano, a Craisa, responsável pela Ceasa, abriu licitação para concessão das 55 das 57 lojas, mas o preço mínimo revoltou os comerciantes. O termo de outorga era de R$ 90 mil por boxe (cada um com 90 m² ou cerca de R$ 1.000 o m²) por dez anos.

Os permissionários não participaram e o certame foi declarado deserto. Num segundo momento, a autarquia lançou nova concorrência pública para alugar os espaços.

Para Montorinho, a situação precisa ser investigada, principalmente pelo valor cobrado. “Essa relação com os permissionários precisa ser apurada. Pedimos o nome completo dos empresários e os números dos boxes que eles ocupam.”

A comissão também solicitou os nomes de todas as pessoas que trabalharam no primeiro e segundo escalões da autarquia desde 2005 – a investigação da gestão do ex-prefeito João Avamileno (PT) fez parte do acordo para conseguir apoio para instauração da CPI.

O comandante do grupo reiterou que existem suspeitas de desvio de dinheiro proveniente do estacionamento, cobrado nas festas juninas realizadas na Craisa entre 2009 e 2012, já na administração de Aidan Ravin (PSB). “Tudo indica que ninguém sabe onde foi parar o dinheiro.”




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