Palavra do Leitor Titulo
Repetência, quem deve ser reprovado?

A palavra reprovação escolar está vinculada à ideia de condenação...

Por Dgabc
29/12/2011 | 00:00
Compartilhar notícia


Artigo

A palavra reprovação escolar está vinculada à ideia de condenação, incapacidade e insucesso. Trata-se de questão que aflige todos os envolvidos no processo: estudantes, pais e educadores, além de trazer no seu bojo conjunto de mitos que necessitam ser esclarecidos, principalmente aos pais. Acredito que a reprovação não deveria existir no Ensino Fundamental, pois, tratando-se de escolaridade obrigatória, é esperado que seja oferecida para que todos obtenham sucesso - compreendido na maior pluralidade possível - no percurso escolar que lhes é imposto por força da lei. Melhor dizendo, os meninos e meninas não escolheram estudar, mas são obrigados a frequentar a escola porque a sociedade brasileira assim decidiu, com o que concordo.

Ora, se a sociedade decidiu pela escolaridade obrigatória entre os 6 e os 14 anos, então que se mobilize para que ela seja eficaz para todos. Isso porque todos são capazes de aprender, desde que sejam respeitados seus sentidos, ritmos, cultura e condições cognitivas. Partindo desse pressuposto, podemos nos perguntar: por que, então, existe a reprovação? Explico: a reprovação existe porque não sabemos fazer escola que trabalhe com as diferenças. Nosso olhar ‘educador-míope' concebe aluno-padrão e elabora práticas pedagógicas com base nele. Assim, quem não se enquadra no padrão - não por ser pior, mas por ser diferente - acaba sendo reprovado.

Outra hipocrisia da pedagogia da reprovação localiza-se no fato de reprovar apenas o aluno, desconsiderando questões fundamentais do complexo processo escolar. O aluno, aquele que deveria ser resguardado, acaba sendo o culpado pelo seu próprio não saber. Ora, mas a escola não existe para ensinar? O aluno não vai à escola para aprender? Caso ele não aprenda, quem deve ser reprovado: ele ou a escola?

Contudo, apesar do exposto, se você ainda viver momento de reprovação escolar, pode tirar dele pequeno potencial pedagógico. É preciso reconstruir o termo, já que reprovar é verbo cujo significado pode ser ‘provar de novo', como o refazer significa, também, ‘fazer de novo'. É importante sabermos ensaiar o discurso para dizer a nossos filhos que reprovar pode ser novo momento de provar e que, para isso, é preciso revisitar alguns saberes. Seria jogo de palavras? Penso que sim, mas vale tudo para recuperar a esperança e a autoestima de quem é o sujeito do existir escolar.

Francisca Romana Giacometti Paris é pedagoga, mestre em Educação e diretora pedagógica.

PALAVRA DO LEITOR

Boas Festas

O Diário recebe e retribui votos de Boas-Festas a TV Cultura; Alexani Pereira Barbosa; Wilson Vicente; Flexmetal; Luís Delcides; Frank Aguiar, vice-prefeito e Secretário de Cultura de São Bernardo; Botelho Comunicação; Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis; Secom/CPP; Porsche Latin America; RP1 Comunicação; Sociedade Brasileira de Coaching; NBCom; Iara Correia; Washing Lavagem Automotiva Ecológica; Serviço Florestal Brasileiro; Paulo Valiengo Comunicação e Marketing; Proativa Comunicação; Secretaria Municipal de Cultura - Prefeitura do Guarujá; Comunicação Vertical; JeffreyGroup Brasil; Ana Bueno; Vinicius Fiori; Rafael Ryuiti Akao; Anselmo Bacarini; Victor Francisco; Raquel Camillo; Lais Camargo e Allan Duarte; Equipe LVBA Comunicaçao; Andréa Almeida; Carla Fornazieri; Cristiane Pinhairo; Edna Lira; Luciana Rodrigues; Valéria Allegrini; Programa Carmix; MS2 Comunicação Integrada; Companhia de Imprensa; Maria do Socorro Diogo; vereador de Santo André Gilberto do Primavera; vereador de São Caetano Fabio Palacio e Família; Printec Comunicação; BRÚ International; Assessoria de Imprensa da Harley-Davidson.

Pontes e viadutos

As pontes e viadutos em todo Grande ABC têm que ser inspecionados e reformados, pois vem aí a estação das chuvas! Será que alguns desses velhos viadutos aguentarão? O Viaduto Minas Gerais, ou da Saudade, que liga a Rua General Osório à Avenida da Saudade em Mauá tem degraus e os vãos estão com remendos que não inspiram muita confiança, além de as calçadas serem verdadeiras armadilhas, mostrando a falta de manutenção. Isso ocorre nos outros também, com trincas, buracos e degraus muito perigosos. Às vezes esses vãos são cobertos por asfalto e ficam como uma lombada, perigo para os motoristas que não conhecem esses locais.

Eduardo Zago, Mauá

Baldeação, não!

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos interrompeu a Linha-10 Turquesa, de Rio Grande da Serra à Estação Luz, para manutenção. Ao fim dos trabalhos a CPTM não liberou a Estação Luz e deu nossa plataforma aos usuários que vêm de Francisco Morato em caráter definitivo, e nós do Grande ABC iremos somente até o Brás, tendo que fazer a baldeação via Expresso Guaianases. Acontece que tal expresso não atende as necessidades dos usuários, está sempre lotado. É total falta de consideração a empresa nos submeter a essa baldeação injusta, pois nossa linha nunca deu trabalho à CPTM, ao contrário da linha de Francisco Morato, depredada em 1996. Cheguei a reclamar sobre o fato no site do governo do Estado de São Paulo, mas a reclamação foi apenas repassada à CPTM. Até em um blog feito por funcionários da CPTM tem a informação de que tal baldeação seria (e é) uma bomba. Vejam e sintam o drama nos horários de rush e o mau comportamento dos usuários oriundos de Guaianazes. Queremos nossa linha como era!

Rosana Pegoraro, Santo André

Às escuras

Nunca antes na história de Santo André presenciei tanta escuridão pelas ruas da cidade. A situação está vergonhosa! Alguns pontos das vilas João Ramalho, Guarará e região encontram-se numa penumbra total. A Rua Carijós e a Avenida São Bernardo são exemplos do descaso da Prefeitura. Tenho minhas dúvidas se o prefeito Aidan Ravin considera essa região parte de Santo André. Acorda!

Alex Arthur Roma, Santo André 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;