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Cidade lidera ranking da classe B
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
28/06/2011 | 07:00
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A concentração de moradores da classe B leva São Caetano para o topo do ranking, considerando apenas este estrato social. No município, 16,02% pertencem à classe B. A cidade aparece bem colocada também em relação à classe social mais alta, com 26,53% dos moradores integrantes da classe A. Os dados foram divulgados ontem pela Fundação Getulio Vargas.

Ao somar as duas classes socioeconômicas mais altas, o município é o segundo com maior renda (42,55%) atrás apenas de Niterói (RJ), com percentual pouco maior (42,90%). E foi o único das sete cidades da região a aparecer no levantamento que reúne as faixas ABC em todo o País: em 11° lugar com 91,03% da população - maior percentual do Estado de São Paulo.

PAÍS

Nos últimos 21 meses, até maio, cerca de 13,3 milhões de pessoas ascenderam às classes A, B ou C no Brasil. Marcelo Neri, coordenador do estudo, diz que o dado revela transformação de grande magnitude, que está acontecendo no País. Isso se deve, segundo ele, principalmente porque a renda do brasileiro vem crescendo desde o fim de 2003 e a desigualdade vem caindo há dez anos consecutivos. A mudança também ocorreu por causa da estabilidade econômica e do controle da inflação e, sobretudo, devido à educação.

 "Só pelo efeito da educação, se tudo ficasse constante, a renda do brasileiro cresceria 2,2 pontos percentuais por ano, o que é bastante. Eu diria que a educação é a grande política estrutural por trás disso", afirmou Neri.

Nos últimos 21 meses, o maior crescimento se deu nas classes A e B (12,8%), seguidas pela classe C, que cresceu 11,1%. Quando se passa a analisar a mudança que ocorreu nas classes econômicas do Brasil desde 2003, o estudo aponta que 48,7 milhões de brasileiros entraram nas classes A, B e C, população maior que a da Espanha.

A base da pirâmide, formada pelas classes D e E, por sua vez, ficou menor. Em 2003, 96,2 milhões de pessoas faziam parte da base da pirâmide. Neste ano, o número passou para 63,6 milhões. A classe C passou de 45 milhões de pessoas em 1993 para 105,5 milhões.

A principal explicação para o encolhimento da classe E são os programas de transferência de renda para os mais pobres, como o Bolsa Família. Já a ascensão da classe C vem sendo observada desde a implementação do Plano Real. "O trabalhador brasileiro está trabalhando mais porque se educou mais, está conseguindo trabalho formal e acho que ele é o grande herói dessa ascensão da classe média", afirmou Neri. Outro fator que contribuiu para a ascensão à classe C foi o aumento do salário-mínimo.




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