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Agência da ONU nega espionagem
06/04/2004 | 00:06
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A Aiea (Agência Internacional de Energia Atômica) nega que a intenção dos trabalhos dos inspetores da entidade ligada à ONU no Brasil tenha como objetivo obter informações sobre as tecnologias de enriquecimento de urânio desenvolvidas pelo país. Membros do governo brasileiro afirmam que o problema do acesso dos funcionários internacionais à unidade da cidade de Resende, no Rio de Janeiro, esteja relacionado à tentativa da Aiea de obter informações sobre novos métodos de enriquecimento de urânio que estão sendo desenvolvidos pelo país.

Falando na condição de anonimato, um representante da agência ligada à ONU garante que o objetivo da organização é apenas o de observar questões de não-proliferação nuclear. "Não estamos interessados em tecnologia", afirmou o diplomata. Para experientes negociadores brasileiros, o problema é que o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, que rege a relação entre o Brasil e a Aiea, não prevê que um acesso ilimitado seja exigido para que a questão da não-proliferação seja tratada. Pelos artigos 3 e 4 do tratado fica estabelecido que nenhuma iniciativa de inspeção da Aiea deve interferir na condução de pesquisas tecnológicas para o uso pacífico de materiais nucleares.

O Brasil ainda argumenta que a Constituição proíbe que um governo desenvolva tecnologias nucleares para fins que não sejam pacíficos. A Aiea, porém, sinaliza que não é suficiente.




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