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Acidente em S.Bernardo deixa criança em coma
Por Camila Brunelli
Do Diário do Grande ABC
16/04/2011 | 07:15
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A colisão entre um ônibus do trólebus e um carro, no Centro de São Bernardo, deixou uma criança ferida em estado gravíssimo, ontem à tarde. O pai da pequena Mariana, de 1 ano e 9 meses, Robson Rodrigo de Jesus da Silva, 20, dirigia o Fiat Uno preto no momento da colisão. No banco de trás, Kélvia Sousa da Silva conseguiu proteger Thalia, de 11 dias de vida. Mariana, no entanto, estava sentada ao seu lado, sem cadeirinha e bem do lado que o automóvel foi atingido pelo ônibus. O motorista do carro não tem carteira de habilitação.

Nenhum passageiro do trólebus se feriu. O motorista do coletivo, Alcides Coelho, não será responsabilizado porque Silva realizava conversão proibida na hora da colisão. "A polícia analisou as marcas das freadas e ouviu testemunhas. Era proibido entrar ali", comentou o fiscal da Metra, Jobson Rocha.

Silva assumiu que a conversão era proibida, mas insistiu que a culpa foi do motorista do coletivo. "Eu não podia ter feito retorno ali, mas o sinal estava verde para mim", disse. "O cara assinou um papel na delegacia e foi embora. Nem perguntou da minha filha."

Mariana foi atendida no Pronto-Socorro Central de São Bernardo, região onde ocorrera o acidente. Na hora da colisão, a criança desmaiou e começou a sangrar pelo ouvido. Os pais chamaram o resgate, mas, temendo a demora da ambulância, Silva parou um carro que, por sua vez, se prontificou a levar Mariana ao hospital.

A mãe da menina, de apenas 16 anos, estava desesperada. Aos prantos, ajoelhada dentro de um consultório vazio, ela chorava e rezava aos gritos. A irmã de Kélvia, Kênia, 26 anos, não sabia o que fazer para ajudar. "A gente vai fazer tudo o que a gente pode", dizia, chorando. "E pensar que ontem (anteontem) mesmo a bichinha estava com a gente, brincando."

O caso comoveu familiares de outros pacientes que esperavam por notícias. Muitas foram as pessoas que perguntavam novidades sobre o estado da menina e pediam o seu nome para incluir em orações.

Por volta das 17h foi pedida a transferência da criança para o Hospital Mário Covas, em Santo André, mas a vaga só foi conseguida depois das 21h30. Até o fechamento desta edição, não havia novidades sobre o estado de saúde da criança.




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