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A tecnologia a serviço das cidades
Wilson Marini
Da APJ
03/08/2015 | 07:00
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Estudos técnicos e tecnologia estão sendo empregados em várias partes do mundo para tentar suavizar um problema comum à maioria das cidades: o caos urbano. Na semana passada, foi divulgado mais um novo estudo apontando a necessidade de se elaborar projetos que priorizem o desenho urbano, desta vez pela respeitada ONG World Resources Institute. A entidade produziu relatório sobre o conceito de cidades mais seguras, em que dá dicas práticas para reduzir as mortes no trânsito e aumentar a qualidade de vida da população. Ao todo, são 30 recomendações específicas para urbanistas e técnicos e desenvolvedores de políticas públicas. O estudo prega a urgência em projetar “comunidades compactas”, que se vinculem ao tráfego reduzido e priorize o transporte coletivo, além de estimular caminhadas e o uso da bicicleta.

Cidades inteligentes
Na linha futurista, a Capital abrigará de 3 a 5 de agosto o Connected Smart Cities, evento que promete apresentar ações concretas de cidades que apostam na conectividade para solucionar os problemas urbanos. O desenvolvimento social e econômico passa, necessariamente, por uma infraestrutura de rede e aplicação de inteligência na gestão e nos serviços públicos, disse o diretor da Rede Cidade Digital, José Marinho, à Agência Gestão CT&I. Idealizadora do evento, Paula Farias diz que o encontro proporcionará “uma clareza de lugares que estão investindo em tecnologia, além de criar um parâmetro para cidades que precisam se desenvolver mais neste sentido. Tornar-se uma cidade digital é um passo na direção de se tornar uma cidade inteligente”.

Cidades inteligentes – 2
Enquanto os problemas urbanos se agravam, especialmente devido à difícil convivência entre automóvel e o homem, e as soluções se tornam cada vez mais complexas, empresas de tecnologia se apressam em oferecer pacotes de soluções com aceno de facilitar o acesso aos serviços públicos nas cidades, de forma a melhorar a qualidade de vida. Uma delas é a Sonda Utilities, cujo portfólio consta um feito na área de segurança em Montevidéu, no Uruguai. A cidade adotou sistema que teria reduzido a criminalidade em 60% na chamada “cidade velha” e em 49% de toda a cidade. Isso foi alcançado com a instalação de câmeras de vídeo de alta resolução e de softwares que identificam comportamentos “atípicos” das pessoas e ativam sistema de alarme ligado à polícia. É o que o governo paulista quer alcançar com o sistema Detecta.

Acidentes de trânsito
Os acidentes no trânsito são a principal causa de morte de pessoas entre 15 a 29 anos no mundo. Cerca 1,3 milhão de pessoas perderam a vida dessa forma somente no ano de 2009, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) e cerca de 50 milhões sobreviveram com sequelas. Na avaliação da CNM (Confederação Nacional de Municípios), a situação pode piorar se nada for feito e a tendência é que o Brasil permaneça entre os países que mais matam pessoas no trânsito. O aumento da frota, a falta de recursos para o planejamento e o baixo investimento na segurança das vias públicas são os principais motivos que contribuirão para isso.

Mulheres no trânsito
Dados do Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre mostram que a mulher é mais cautelosa ao volante em relação ao homem e representa 19% menos risco de se envolver em acidente. O Ministério da Saúde mostra que o número de homens que morrem no trânsito é quatro vezes maior do que o de mulheres. E pesquisa da seguradora britânica Privilege Insurance revela que as mulheres dirigem melhor do que os homens em quesitos como direção defensiva, sinalização, respeito à velocidade e atenção. A conclusão dos especialistas é que a mulher age com maior instinto de cuidado e preservação.

“Na Base”
A TV Assembleia diz que vai percorrer os 645 municípios do Estado para “compreender e discutir soluções para as principais demandas de cada região”. A ideia é primeiro mostrar os principais problemas de cada um deles. Depois, os casos serão levados para debate em estúdio e discutidos com deputados, convidados e especialistas, que vão sugerir as opções possíveis para a solução de cada problema. As questões levantadas poderão gerar ações no Parlamento. A primeira edição do programa contemplou as cidades de Atibaia e Bragança Paulista. Apareceram questões como a falta de água, especulação imobiliária, falta de linhas de ônibus urbano e fechamento de farmácias populares. O programa “Na Base” conta com sete equipes de reportagem e é apresentado pelo jornalista Mauro Frysman com uma hora de duração. 




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