Se houve um campeonato de vôlei no Brasil, José Montanaro Júnior já o conquistou. Revelado pelo Paulistano aos 17 anos, o ex-ponteiro chegou à Seleção Brasileira em 1978, quando integrava as fileiras do Clube Atlético Paulistano e era campeão estadual. No mesmo ano, venceu o Brasileiro pela Seleção paulista e conquistou seu primeiro título internacional – o Sul-Americano, na Argentina.

Depois, passou pelo G.S. Edilcuoghi, da Itália, e, em 1981, deu início à grande fase em sua carreira na Pirelli. “A partir daí é que tudo foi acontecendo. Foi o divisor de águas”, lembrou.

Com a equipe andreense, Montanaro foi campeão de tudo – do Paulista ao Mundial, em 1982. “É emocionante você reencontrar as pessoas daquela época. Semana retrasada, tive uma reunião no (Ginásio) Pedro Dell’Antonia. Passou um filme na cabeça. Eu treinava e, às vezes, dormia ali. Encontramos muitos que lembram aquele passado vitorioso que construímos em Santo André”, disse.

Nos tempos de Pirelli, Montanaro também viveu seus momentos mais marcantes pela Seleção Brasileira. Em 1982, no Mundialito realizado no Rio de Janeiro, fez parte da equipe que derrotou a até então imbatível União Soviética. No ano seguinte, também contra o extinto país, disputou jogo no Maracanã para mais de 95 mil pessoas. Em 1984 veio a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles que deu nome àquela equipe: Geração de Prata.

Dois anos depois, se transferiu para o Banespa, onde atuou por seis temporadas e iniciou carreira como gestor.