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Pastor Edmilson vai
trocar PRB pelo PMDB
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
22/04/2011 | 07:01
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O vereador de Diadema José Edmilson Pereira da Cruz, o Pastor Edmilson, vai trocar o PRB pelo PMDB. Será o primeiro caso registrado no Grande ABC de troca partidária visando as eleições de 2012. O parlamentar almeja garantir a reeleição, já que a atual sigla está enfraquecida na cidade e não tem perspectivas de repetir coligação, como fez em 2008, capaz de fazer ao menos uma cadeira na Câmara.

De acordo com a vereadora peemedebista Cida Ferreira, durante a negociação, Edmilson analisou a capacidade eleitoral do PMDB e entendeu que "é o melhor caminho para ele". "O partido está de braços abertos. Ele sabe da minha sinceridade e companheirismo. É mais um vereador na bancada", declarou a única parlamentar do partido no Legislativo. O companheiro de Câmara chegou a dizer para a vereadora que estão "juntos e misturados".

Nas últimas eleições municipais, Edmilson foi beneficiado pela coligação com o PSC e PR, que além de elegê-lo, também garantiu Talabi Ubirajara Cerqueira Fahel, que está trocando o PSC pelo PR, mas aguarda garantias jurídicas. Sem alianças, os socialistas- cristãos poderiam ter feito duas cadeiras sozinhos. Em busca da garantia de reeleição, Edmilson cogitou ingressar em outras legendas como o PTB, PV e PSB. Informações de bastidores garantem que o vereador não terá mais o apoio da Igreja Universal, fundamental para os 4.596 votos conquistados em 2008.

A entrada no PMDB satisfaz ambas as partes. Primeiro porque dará estrutura para o vereador tentar um segundo mandato. E também porque os peemedebistas estiveram na mira da direção estadual para ampliar os resultados eleitorais na cidade. Em 2010, atingiram apenas 4,35% dos votos válidos. O estatuto da sigla prevê que os diretórios que tiverem menos de 5% dos sufrágios sofrerão intervenção e determina que em 2012 a legenda deve ter boa chapa para o Legislativo e candidato a prefeito ou a vice. Com o novo nome, o partido quebra a tradição de manter os esforços partidários para eleger apenas Cida, já que a votação de ambos é parecida - ela obteve 4.604 votos.

Cida garante que o ingresso de Edmilson faz parte do planejamento para fortalecer o PMDB. "Teremos um cabeça de chapa", considerou. Apesar de todo diálogo entre as partes, restam alguns detalhes como documentações para a filiação de fato. O PRB não deve entrar com pedido do mandato com base na lei de fidelidade partidária. O republicano não foi localizado pela equipe do Diário para comentar o caso.

Outro ponto que pesou na empreitada foi a discussão da reforma política no Congresso Nacional prevendo o fim das coligações proporcionais. Com isso, as legendas que venciam o pleito na aba de partidos maiores terão de se armar se quiserem permanecer vivas no cenário político.

O presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB), e Marion Magali de Oliveira (PTB) também conquistaram a vaga na base de alianças. O quociente eleitoral, cálculo dos votos da coligação, foi o fator que assegurou as cadeiras. Em 2012, ele pode não existir.




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