O limão encareceu nas últimas semanas e a dona de casa não tem como fugir desta situação. Dificilmente encontrará o quilo da fruta custando entre R$ 1 e R$ 3, como já foi visto neste ano. Porém, conforme levantamento da equipe do Diário, a pesquisa é válida, pois o preço do produto apresentou diferença de até 73%.

 Em dez estabelecimentos percorridos, o quilo do limão foi encontrado por até R$ 12, como foi o caso de uma barraca do Mercado Municipal do Rudge Ramos, em São Bernardo. Por outro lado, com valor 42% inferior, o supermercado atacadista Assaí, no Centro de Santo André, cobrava R$ 6,90 pelo quilo da fruta.

GRANDES  

 Os supermercados, em geral, são os que apresentaram os preços menos pesados para o bolso do consumidor. É possível encontrar nas grandes redes varejistas preços de até R$ 7. Porém, a equipe do Diário verificou a falta do produto na unidade do Walmart de Santo André, por exemplo.

 Já os sacolões e mercados de bairros, que têm menor poder de barganha com os produtores na comparação com os grandes varejistas, apresentavam preços entre R$ 8,90 e R$ 12.

 Apesar dos altos preços, os limões estão caminhando para a deflação, conforme o economista da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) Flávio Godas disse ao Diário na quinta-feira. Ele estimava que a fruta cítrica ficaria mais barata, nos mercados, na segunda quinzena deste mês.

 Se depender dos dados da Ceagesp da Capital, que é o principal distribuidor de hortifrúti do Estado de São Paulo, o preço da fruta deu sinais de retração ontem, no atacado. Na média, custava R$ 8,04. Porém, há uma semana, o mesmo indicador apontava R$ 8,48. Tudo isso com uma base de comparação do dia 17, em que o quilo custava R$ 5,13.

 Naturalmente, por se tratar de fruta e ser perecível, o repasse de altas e quedas dos preços cobrados pelo atacado demora alguns dias para chegar aos consumidores.

MOTIVOS

 O problema está localizado, principalmente, na plantação. A cultura do limão tem sido prejudicada devido a estiagem. Isso fez com que os produtores colocassem menos frutas no mercado atacadista. Naturalmente com o calor, tendo em vista que o consumo das frutas cítricas aumenta, a demanda das famílias e dos estabelecimentos comerciais aumentou. Por causa desse maior desejo em comer mais salada com tempero de limão, comemorar a vida com os amigos tomando uma caipirinha e oferecer um suco natural ao filho e seus amigos no lanche da tarde, os preços subiram, já que há menos limões para vender.