Esportes Titulo Para 2011
Santo André dispensa 12 homens e um goleiro

Goleiro Júlio César e zagueiro Dedimar, destaques do time
em 2004, estão entre os 13 atletas fora dos planos de Pintado

Por Angelo Verotti
Do Diário do Grande ABC
03/12/2010 | 07:10
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A Série B do Brasileiro chegou ao fim, o rebaixamento à Terceirona se confirmou e ontem, dois dias depois da apresentação do técnico Pintado como substituto do dispensado Jair Picerni, a diretoria do Santo André anunciou a relação dos jogadores que não estão nos planos para a temporada 2011. Treze atletas não terão os contratos renovados para a disputa da Série A-1 do Paulista, da Copa do Brasil e da Série C do Nacional. A decisão foi tomada pela manhã após reunião entre a comissão técnica, o superintendente Carlito Arini e o diretor de futebol Juraci Catarino.

A lista de dispensados é encabeçada pelo goleiro Júlio César, campeão da Copa do Brasil de 2004 e titular em boa parte do ano. Saíram também os zagueiros Dedimar (outro remanescente da conquista inédita no Rio de Janeiro), Alisson e Toninho; o lateral Jaílson; os volantes Wendel, Gil e Makelele; o meia João Henrique; e os atacantes Anderson Gomes, Fábio Luís, Marques e Sandro Hiroshi.

Segundo o vice-presidente da Gestão Empresarial, Romualdo Magro Júnior, a não renovação teve como justificativas questões técnicas e salários incompatíveis com as competições que o clube participará na próxima temporada. "Os contratos da maioria desses jogadores venceria no fim do mês", explicou o dirigente.

Romualdo revelou que a situação do lateral-direito Cicinho segue indefinida. O jogador já manifestou o desejo de sair e desfalcou a equipe nas duas últimas rodadas da Série B do Brasileiro, nas vitórias andreenses sobre o Bahia (2 a 1) e o Náutico (1 a 0). Cicinho alegou dores nas coxas e acabou vetado pelo departamento médico, mas não apareceu na clínica no dia marcado para realizar exames que pudessem atestar qualquer lesão.

"O Santo André adquiriu 30% dos direitos federativos do Cicinho junto ao Oeste de Itápolis. Foi uma aposta que a diretoria fez no potencial dele", destacou o vice-presidente. "É um direito o atleta poder escolher o time em que quer jogar. Mas ele tem contrato até 2012 e precisa encontrar algum clube interessado em adquirir a parte correspondente ao Santo André", completou.

PROGRAMAÇÃO

Atendendo à solicitação da comissão técnica, a diretoria alterou a programação para o fim da temporada. Os jogadores, incluindo os reforços a serem anunciados, se apresentarão no dia 13 e realizarão diversas atividades, médicas e físicas, até o dia 23. De 27 a 30, o trabalho terá continuidade.

No dia 3, o elenco viajará à pré-temporada em Poços de Caldas-MG, onde ficará até o dia 14, data em que seguirá a Bauru para a estreia no Paulista, dia 16, contra o Noroeste.

 

Celso Luiz esfria polêmica e aceita diálogo

Os conflitos entre a cúpula do Jaçatuba e as lideranças do modelo empresarial do Santo André colocaram Ronan Maria Pinto e o vice Romualdo Magro Júnior como alvo das veladas e discretas críticas do presidente do clube, Celso Luiz de Almeida, que cobra mais clareza nos compromissos assumidos pelos atuais comandantes do Ramalhão. As dívidas o preocupam, mas, segundo ele, nem tanto quanto a demora no pagamento de tributos. "Estou atento para que não aconteçam piores contratempos no futuro", afirmou.

O alerta de Celso Luiz é endereçado especialmente a Magro Júnior, que denunciou a ameaça do Jaçatuba de reter a cota de R$ 1,8 milhão que a FPF (Federação Paulista de Futebol) irá liberar ao Santo André no Estadual. Tudo para quitar os impostos ainda não regularizados. "Mandei uma carta ao Ronan e comuniquei a minha pretensão. E o Romualdo alega que ficou surpreso? É equívoco dele. Queremos apenas a reposição daquilo que precisaríamos para saldar os débitos acumulados. Sou obrigado a prestar contas aos nossos 4.500 sócios. Como empresário, Romualdo deve saber as consequências diante de problemas como esse", exemplificou.

Celso Luiz garante que, apesar das eventuais divergências, não há nenhuma chance de o Jaçatuba romper o acordo. "Há um contrato a ser cumprido (de 20 anos). Ao contrário do que comentam, não existe a mínima hipótese de retomarmos o futebol. Não faremos isso", esclareceu o presidente, ao responder a um dos itens da entrevista de Romualdo, que admitiu renunciar ao cargo (a exemplo de Ronan) caso haja interferências no planejamento para 2011.

"Os encargos recaem sobre o clube. Como presidente, sou o responsável direto, mas não decido nada isoladamente. Os investimentos passam primeiro pelo conselho da Saged e, em seguida, pelo nosso conselho deliberativo, que aprova ou desaprova. Acima de tudo, que prevaleçam os interesses da instituição. Isso me levou a aceitar a sugestão do Ronan para que a gente solucione tudo no diálogo. Também acho que a diplomacia é o caminho sensato. Não dá mais para errar", concluiu. Nelson Cilo




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