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Criação da EBS gera impasse entre governo e seguradoras
20/07/2010 | 07:20
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Impasse marca as negociações entre o governo e as empresas privadas seguradoras em torno do projeto de lei que cria a EBS (Empresa Brasileira de Seguros). Após reunião no Ministério da Fazenda, o diretor da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada, Vida e Capitalização), Alexandre Malucelli, afirmou que o setor não abre mão da posição contrária à EBS. Segundo ele, as empresas do segmento vão continuar pressionando politicamente o governo para recuar da decisão de criar a estatal.

O Ministério da Fazenda, no entanto, não deu sinais na reunião de que vai recuar da proposta que foi incluída no pacote de estímulo às exportações, anunciado em maio. Malucelli e outros representantes da CNSeg estiveram reunidos por mais de uma hora com o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira.

O dirigente da CNSeg, que é vice-presidente da J. Malucelli (maior seguradora de garantias da América Latina), disse que o setor propôs a criação de fundo, formado por todos os fundos estatais garantidores de crédito, a ser administrado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), em substituição à EBS.

"Foi uma reunião produtiva no sentido de que há diálogo, com boa vontade de ambos os lados. Mas não é um assunto fácil de chegar e convergir para a mesma ideia. Precisamos de diálogo", disse Malucelli. Ele rebateu a posição do governo de que o setor não tem condições de garantir o seguro para as obras de infraestrutura que o País precisa.

"O setor privado mais que nunca tem condições de garantir. Até porque a abertura do mercado de resseguros foi feita em um modelo muito inteligente", disse. O executivo ressaltou que hoje no País tem mais de 90 resseguradoras e 150 seguradoras operando no mercado.

"O mercado está bastante líquido, bastante disposto a fazer negócio, bastante técnico, com conhecimento e preparado, como tem estado até agora, para garantir projetos no futuro", justificou.




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