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Câmara de São Caetano trava criação de cargos no Consórcio

Vidoski protocola questionamentos ao projeto para suspender prazos de parecer à proposta

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
15/07/2014 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


A Câmara de São Caetano emperrou a votação do projeto que autoriza o prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Luiz Marinho (PT), a criar 33 cargos na instituição regional. Líder da Comissão de Finanças e Orçamento, Beto Vidoski (PSDB) protocolou ontem, no departamento Jurídico da Casa, ofício solicitando informações sobre as contratações.

A comissão tinha até domingo para dar o parecer à proposta. Na sexta-feira, o relator do projeto, Cidão do Sindicato (Solidariedade), questionou oficialmente o impacto que a criação de cargos causaria no Orçamento de São Caetano. Pelo regimento interno do Legislativo, o protocolo de Vidoski inviabiliza a ida do texto à votação, pois derruba prazos de análise. O parlamentar havia reclamado que nenhum departamento da Casa aceitara o documento na ocasião.

O Paço negou pressa para votar a medida. No entanto, comenta-se que o presidente do Legislativo, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão da Padaria (PSB), estaria voltando de viagem ao Exterior para agilizar o processo. Enquanto isso, Marinho tem pressionado Pinheiro para ver a propositura aprovada.

Pinheiro não descartou a possibilidade de pedir que a Câmara suspenda o recesso parlamentar de novo para votar a proposta. O prefeito também negou ter interferido para que o ofício de Cidão não fosse aceito. “A Câmara é poder independente. A gente não interfere nesses assuntos. Deve ser algum problema interno deles (vereadores). Nessa parte eu não me envolvo.”

Além do impacto no Orçamento, os vereadores são-caetanenses também querem saber qual será a contrapartida que o Consórcio dará ao município. “Parlamento é assim mesmo, gosta de discutir bastante. Se acham que não foi o suficiente, vamos continuar o debate”, comentou Marinho, evitando atrito com parlamentares que travaram a votação.

Líder do governo Pinheiro na Câmara, Jorge Salgado (Pros) argumentou que os integrantes da comissão não foram à reunião com representantes do Consórcio, quando o projeto foi explicado aos governistas, na semana passada.




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