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O maior polo de ciência da América Latina

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou documento que dá a largada à gestão do Parque Tecnológico do Estado situado no distrito de Jaguaré, Zona Oeste da Capital

Por Wilson Marini
Para o Diário do Grande ABC
10/07/2014 | 06:53
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assinou documento que dá a largada à gestão do Parque Tecnológico do Estado situado no distrito de Jaguaré, Zona Oeste da Capital. O local foi idealizado para aglutinar áreas de excelência como Saúde, nanotecnologia, novos fármacos, tecnologia da informação e comunicação, pesquisa e desenvolvimento em acessibilidade, e usabilidade e comunicabilidade para pessoas com deficiência, entre outras. Será criado conselho estratégico para a gestão do parque, formado por representantes da USP (Universidade de São Paulo), do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. A área total do complexo é superior a 200 mil metros quadrados e envolve terrenos do IPT, da USP e do Estado. Ali foi construído o prédio do núcleo, com investimento inicial de R$ 18 milhões em obras e equipamentos. A meta é formar nesse ponto o maior polo de ciência, tecnologia e inovação da América Latina, uma vez que o parque terá no seu entorno a USP e o IPT. Além dos ambientes para abrigar empresas, centros de inovação, laboratórios de pesquisa, escritórios de financiadoras de projetos, serviços de administração e apoio, o local terá ainda espaços para eventos, com auditórios e locais para exposições.

Altíssima tecnologia
O prédio já está em condições de receber os empreendedores. O próximo passo é selecionar as empresas. “É ambiente com grande densidade de pesquisadores, tecnólogos e institutos voltados à tecnologia, todos formando ecossistema de condições extremamente favoráveis. São Paulo precisa pensar grande porque dispomos de todos os insumos para chegarmos a estado de altíssima tecnologia”, diz o presidente da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), Celso Lafer. O subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Cintra, cita como paradigma o polo industrial da Califórnia (nos Estados Unidos), que concentra empresas de tecnologia da informação. “Trata-se de empreendimento à altura da vocação de São Paulo para a inovação”, diz Alckmin.

“Aceleradora” de empresas
Nesta semana foi assinado também protocolo de intenções com o Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia para instalação no Parque Tecnológico do Estado de aceleração de empresas – tipo de incubadora com metodologia mais estruturada e baseada na geração de capital de risco.

Interiorizar é preciso
A Minds English School, rede de franquias especializada em idiomas, acaba de anunciar que é pelo interior do País que se dará o seu plano de expansão. A estratégia é baseada em estudo realizado pelo Boston Consulting Group, segundo o qual o Brasil ganhará 11 milhões de pessoas das classes A e B até 2020, sendo metade residente no interior. “As cidades menores têm imenso potencial, atendem às expectativas de crescimento”, afirma Leiza Oliveira, fundadora da rede.

Ação humana
Pesquisa científica sobre os impactos sofridos em praias concluiu que os efeitos da ação humana podem ser ainda mais fortes do que os da natureza. A pesquisa “Vulnerabilidade da zona costeira de São Paulo e Pernambuco: situação atual e projeções para cenários de mudanças climáticas” durou três anos, período em que foram estudadas as praias paulistas de Ilha Comprida e de Massaguaçu, em Caraguatatuba, e duas praias em Pernambuco. “Os impactos de ocupação malfeita do litoral podem ser muito maiores do que aqueles provocados por mudanças climáticas”, diz o coordenador do projeto, Eduardo Siegle, professor do Instituto Oceanográfico da USP. Processos de urbanização que impermeabilizam áreas praianas necessárias ao movimento de sedimentos, por exemplo, costumam provocar erosões de forma mais acentuada.

Envelhecimento da população
O fenômeno de envelhecimento da população é realidade em São Paulo, segundo a Seade (Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados). Desafios devem ser enfrentados pelos formuladores de políticas públicas. O tema será debatido em quatro encontros promovidos pelo Cepam (Centro de Estudos e Pesquisas de Administração Municipal).

Traumas
O País acompanha o drama do jogador Neymar, fora da Copa por fratura em uma vértebra. Segundo o Ministério da Saúde, R$ 9 bilhões são destinados anualmente ao atendimento de casos de trauma no Brasil, o que representa quase um terço de tudo que é investido em Saúde pública no País. Cada vítima grave de trauma custa cerca de R$ 100 mil aos cofres públicos para cirurgia, unidade de terapia intensiva, reabilitação e prestação de serviços médicos em longo prazo. São vítimas de acidentes e armas de fogo em sua maioria. 




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