Diante do cenário de uma 'nova guerra', como já definiu inúmeras vezes o presidente George W. Bush, sem invasões e ataques em massa, a Aliança do Norte seria uma importante aliada na retaliação armada que os EUA devem empreender contra o Talibã. A Rússia, que lutou durante mais de 15 anos em território afegão contra os guerrilheiros mujahedins (e perdeu), já se dispôs a ceder armas para a Aliança do Norte. As armas do Talibã, curiosamente, são, em sua maioria, russas. Herdadas do confronto dos mujahedins contra a União Soviética, nos anos 80.
Isolado politicamente, graças à pressão diplomática internacional dos EUA, o Afeganistão é considerado pela Casa Branca "terreno fértil" para a efervescência de uma rebelião interna que derrube o Talibã. Famintos e amedrontados com a perspectiva cada vez mais próxima de ataques militares dos aliados aos EUA, os afegãos poderiam se revoltar contra a ineficiência dos extremistas em garantir segurança e estabilidade ao território.
Uma fonte governamental americana ouvida pela CNN diz que a Casa Branca trabalha com uma grande variedade de "nacionalistas afegãos" – grupos étnicos, religiosos e políticos. Juntando-se esse cenário à uma "diáspora afegã" – em referência à fuga em massa que o povo do país tem praticado -, a fonte governamental diz que há a esperança de que todos os insatisfeitos se juntem e formem uma nova coalisão para comandar o país.
"A questão é se as condições mudaram o suficiente para que os afegãos sozinhos consigam colocar em prática um realinhamento", afirmou a fonte da CNN. "Talvez seja o tempo para o povo afegão se insurgir", afirmou.
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