O primeiro, dos seis meses reservados para a realização dos testes de flotação do Rio Pinheiros, foi improdutivo. O governo do Estado não conseguiu chegar a nenhuma conclusão sobre a qualidade da água que seria enviada à Represa Billings em função de problemas mecânicos.

Os equipamentos financiados pela Petrobrás, em 2001, estariam quebrados por falta de uso e de manutenção.

As máquinas ficaram paradas por seis anos. Período em que o Ministério Público e o governo estadual discutiam não entravam em acordo sobre o início dos testes do bombeamento da água tratada do Pinheiros para a represa. Os testes começaram oficialmente em agosto.

Passado um mês, a Emae (Empresa Metropolitana de Água e Energia) não se manifestou sobre resultados. Em nota, o departamento de comunicação da empresa informou que o período serviu para ajustar equipamentos, equipes e o processo utilizado. A Secretaria de Saneamento e Energia não se manifestou. O governo destinou R$ 24 milhões para os testes, que podem durar de seis a nove meses.

Responsável por acompanhar o procedimento, o promotor estadual do Meio Ambiente, José Eduardo Lutti, confirmou que os testes praticamente não ocorreram.

“Até agora, foram só algumas horas de teste. Esperava-se ter algum retorno antes, mas não houve condições por causa dos equipamentos que ficaram muito tempo parados, sem funcionar. Segundo os engenheiros mecânicos, isso provoca desgaste, como ressacamento da borracha.”

Segundo Lutti, a Billings chegou a receber uma quantidade pequena de água tratada, que logo foi devolvida ao Pinheiros. “Esse tempo não serviu para fazermos nenhuma análise. O prazo para obtermos as respostas deve aumentar em, pelo menos, um mês”, disse o promotor.