Aconteceram nesta segunda-feira os primeiros leilões da chamada ‘energia de curto prazo’ — quando a empresa compra antecipadamente a energia que vai consumir no mês. O leilão ocorreu na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, com a coordenação da BM&F (Bolsa de Mercadorias e Futuros).

Na primeira rodada foram comercializados 237 lotes para indústrias do Sudeste e Centro-Oeste, que renderam R$ 3,480 milhões. As compras e vendas foram realizadas por meio das 15 corretoras e 13 comercializadores inscritas na BM&F e na Abraceel (Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica).

O presidente da Abraceel, Paulo Cezar Coelho Tavares, considerou o resultado acima das expectativas. "Não tenho dúvida de caracterizar o evento como um enorme sucesso. Estamos dando o primeiro passo nessa longa caminhada. Para um consumidor que costuma comprar energia a R$ 110 ou R$ 120, poder comprar a R$ 38,50 é muito bom", disse.

Paulo Tavares explicou que no mercado livre de energia os consumidores são indústrias, mas ele estima que o consumidor residencial vai ser beneficiado indiretamente porque haverá redução de custos das empresas e dessa forma os preços no fim da cadeia podem sofrer influência.

Os leilões vão se repetir uma vez por mês, sempre das 10h às 12h30, no pregão da Bolsa de Valores do Rio, sob a coordenação da BM&F.