Raro, mas tradicional. Assim é o encontro de músicos Canja com Canja, realizado mensalmente, em Santo André. Raro, pois é uma das poucas iniciativas da sociedade civil na área artística duradoura. Tradicional porque a partir das 20h comemoram-se sete anos do evento.

Nesta quarta-feira, a partir das 20h, a 73ª edição será registrada em DVD. Participam 20 artistas. “Foi muito difícil escolher, mas convidamos alguns fundadores do Canja e gente que está chegando agora”, conta Margarete Suzano, fundadora e apresentadora desde a primeira edição, na Casa da Palavra, em 22 de setembro de 2000.

Da “velha guarda” participam Kléber Albuquerque, Vasco Faé, Mestre Formiga, Zé Terra e Renê de França, Projeto Nave, Uafro, Rui e Glau, A Rosa di Zinco, Milton Araújo, K-Hum-K, Joca e Regional. Entre as participações mais recentes estão Reggae as Plantas, Candeeiro, Brasa Jazz, Chero di Mato, KB Sativa, Corvo Branco, Enézimo e Tifu e Os Mharmotas. Há de blues a reggae.

Margarete conta com a parceira Rita Maria na organização. A Prefeitura cede o espaço, o saguão do Teatro Municipal. A coordenação musical da Secretaria de Cultura atende as bandas interessadas em participar e cuida do acervo de registros.

Ao longo dos anos, além da música celebrada no saguão, ficou famosa a escadaria da parte externa. Ali, músicos, fãs, produtores musicais e divulgadores em geral trocam idéias e contatos. “É um ponto de encontro de pessoas que se divertem conosco e ouvem o eco deste projeto”, descreve Margarete.

Feitas as contas, com uma média de oito bandas por apresentação (no começo o comum eram 14), ela estima que 500 bandas já se apresentaram no espaço.