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Projetista cai em golpe do falso seqüestro
Por Rogério Gatti
Do Diário do Grande ABC
11/09/2007 | 07:20
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O projetista F.R.D., 55 anos, de Santo André, quase foi extorquido no golpe do falso seqüestro. Ele chegou a fazer um depósito de R$ 4.200 na conta indicada pelo criminoso, mas conseguir extornar a transação assim que a polícia descobriu que tudo não passava de um golpe.

O projetista recebeu a ligação no telefone fixo de sua casa por volta das 15h30 de segunda-feira. Do outro lado da linha, uma pessoa se passando por seu filho dizia que era seu filho e que estava seqüestrada, dentro do porta-malas de um carro. “A voz era muito nítida e eu fiquei desesperado”, contou.

Os criminosos desligaram. Segundos depois, o telefone tocou de novo. Um homem se identificou como seqüestrador e exigia dinheiro para libertar o filho de F.. “Ele me pediu US$ 36 mil”, afirmou.

O projetista não tinha essa quantia e começou a negociar. “Ele dizia que ia matar meu filho. Ao fundo, eu ouvia uma voz igual a do meu fiho pedindo socorro”, disse.

A negociação terminou em R$ 4.200. F. saiu desesperado de casa para ir ao banco fazer o depósito em uma conta com sede em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Na agência, o gerente desconfiou e disse para F. se acalmar e chamar a polícia. Um erro de comunicação fez com que policiais entendessem que o filho de F. estava seqüestrado e feito como refém na casa da família, no bairro Santa Maria, em Santo André.

Logo, a Rua Álvaro Anes ficou cercada pela polícia. Quando os policiais perceberam que se tratava do golpe do celular, instruíram a mulher de F. a tentar localizar o filho.

Mesmo com medo, ela ligou para a loja de carros onde ele trabalha, em São Bernardo. A previsão da polícia estava certa. O rapaz estava no trabalho e nem imaginava o desespero que os pais passavam.

A mulher avisou F. O marido havia acabado de fazer o depósito. O gerente do banco ainda conseguiu travar o depósito, evitando que F. entregasse o dinheiro para os criminosos.

Depois do susto, F. desabafou. Na hora, disse, o terror imposto dos criminosos faz com que a pessoas deixe de pensar de forma lógica. “Agora eu começo a reparar que o sotaque do criminoso era do Rio de Janeiro e que se fosse verdade, meu filho não estaria dentro de um porta-malas com um celular. Mas, na hora, se eu tivesse mais dinheiro teria depositado”, afirmou.



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