Vestibular não é preocupação apenas para adolescentes. Muitos adultos, com vida estável, família e emprego estão buscando nova graduação – ou até a primeira – para fazer o que sempre sonharam. Segundo pesquisa feita pela Giacometti Comunicação, em 2016, 52% dos brasileiros na faixa dos 30 anos estão insatisfeitos com a carreira. Para mudar isso, muitos acabam voltando aos bancos dos cursos pré-vestibular para seguir novo caminho.

A tarefa, porém, pode não ser muito simples. “Rever conceitos estudados há muito tempo e manter um ritmo de estudos puxado pode ser um desafio para quem já tem um emprego fixo ou filhos, mas, por outro lado, a maturidade e a experiência de vida podem ser aliados diferenciais, fazendo com que o aprendizado seja mais produtivo”, explica o diretor do Curso Positivo, Alceu Gnoatto.

Atualmente, apenas 2% dos alunos do curso positivo têm 30 anos ou mais, um contraste com os mais de 5.000 alunos que frequentam o curso todos os dias. Um dos exemplos é Enaiê de Aprígio Zanotto. Com 33 anos, casada e há mais de uma década formada em Farmácia, ela resolveu voltar para as cadeiras do pré-vestibular para ir atrás do que sempre sonhou: a Medicina. “Quando eu era mais nova, não tinha condições de bancar o curso, então fiz o que era mais próximo e viável para o momento. Mas agora as coisas estão melhores e posso fazer o que sempre quis.”