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Rede de esgoto leva prejuízo a rua no Pq.João Ramalho
Mateus Angioleto
Especial para o Diário
06/03/2017 | 07:00
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André Henrriques/DGABC


A queda de muro de arrimo em agosto de 2015, supostamente ocasionada pela construção de um prédio particular, ainda rende dores de cabeça aos moradores da Rua Pindorama, no Parque João Ramalho, em Santo André. O escorregamento causou danos na rede de drenagem e esgoto da região, problema que ainda persiste um ano e meio após o ocorrido.

Escombros e restos do deslizamento ainda ocupam parte de terreno onde está o prédio, cuja obra teria causado o problema, na altura do número 900. O local, totalmente aberto, é utilizado como depósito de lixo. Neste período entre o acontecimento e a espera por uma providência, o local recebeu apenas uma intervenção do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), a qual não resolveu o problema.

“Nenhuma das partes envolvidas, Semasa, Prefeitura e dono (do prédio que teria causado a queda do muro), toma providências. É um jogo de empurra”, reclama o aposentado Antonio da Silva, 59. “Quando chove é um Deus nos acuda. Entra tudo na minha casa. Tenho medo de sair, é um mar de água que tenho de ficar limpando”, afirma.

Silva relata que no início da construção dos apartamentos havia retirada constante de terra. O construtor e proprietário do edifício, Joel Jorge dos Santos, 59, conta que a infiltração motivada pelos danos na tubulação fez com que ele abrisse cerca de 20 protocolos na autarquia. “Fui chamando (o Semasa) por conta da infiltração e, quando vi, já tinha caído tudo. O muro afundou, derrubando até o poste que ficava aqui”, explica.

O Semasa informou ter feito nova vistoria técnica na quinta-feira e “constatado que o dispositivo provisório tem sido insuficiente para a captação das águas, principalmente em dias de maiores chuvas, que acabam por escoar para a casa vizinha, causando transtorno aos moradores”.

A autarquia promete para a próxima semana nova intervenção no local, reforçando o dispositivo instalado, com o objetivo de aumentar a “captação das águas pluviais, evitando, assim, o transbordamento para a casa vizinha”. Além disso, afirma que somente após a recuperação da área poderá ser feita a implantação de captação de águas pluviais em definitivo. “Ainda não foram iniciadas obras de recuperação do muro devido ao questionamento sobre a responsabilidade pelo serviço, visto tratar-se de terreno particular. O Semasa adotará todas as providências legais para a solução definitiva do problema”, finaliza.

A AES Eletropaulo afirmou que fará visita técnica ao local indicado para avaliação nesta semana. A Prefeitura de Santo André disse, por meio de nota, que a resposta oficial a respeito do problema de iluminação viria da AES Eletropaulo. Em relação aos demais apontamentos, reforçou o posicionamento enviado pelo Semasa. 




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